terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PÂNICO EM WASHINGTON !

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Há a anedota do réu condenado a uma pena de 20 anos de prisão e, adicionalmente, à suspensão dos direitos políticos durante um ano. Lida a sentença, o réu interpelou o juiz:

— V.Exª dá-me licença que diga uma coisa?
Diga respondeu o Juiz.
— Com essa segunda parte da sentença é que  **V.Exª me tramou!

Lembrei-me disto porque li num jornal que o partido "Livre" lançou uma petição em solidariedade com os refugiados e contra a política do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Quando Trump souber vai cair de cu. Com esta é que o "Livre" o tramou!!!
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LEMBRETES PARA MARCELO


[...] O Presidente Marcelo não pode esquecer-se, na verdade, de que a maioria de esquerda que apoia o Governo minoritário do PS tem dado alguns sinais de que não é coerente, estável e duradoura.
Quem chamou o decreto-lei da baixa da TSU ao Parlamento foi o PCP e o BE, que deviam apoiar o Governo.
Quem anda a dizer que é contra as PPP na saúde é o PCP e o BE, que deviam apoiar o Governo.
Quem quer reverter as alterações à legislação laboral, feitas durante a troika, é o PCP e o BE, que deviam apoiar o Governo. [...]

[...] O Presidente Marcelo não pode esquecer-se de que a crispação política entre os partidos nunca deixou de existir e nunca esteve tão alta como agora. Basta ver a agressividade das intervenções nos debates quinzenais.
A atitude de António Costa, Vieira da Silva, Carlos César, João Galamba e tantos outros em relação ao PSD e ao CDS é de uma hostilização brutal.
Assunção Cristas acusa o primeiro-ministro de mentir no Parlamento e diz que a sua palavra e a sua assinatura nada vale – e António Costa não responde.[...]

Luís Jackes in "SOL"


QUANDO O ESPAÇO ERA FICÇÃO CIENTÍFICA

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       Pickering, Van Allen e von Braun (Esq-Dir) com um modelo do Explorer 1
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A 4 de Outubro de 1957, os russos lançaram o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1. Pouco menos de quatro meses depois, os americanos lançaram também um satélite, o Explorer 1, em 31 de Janeiro de 1958, faz hoje 59 anos.
Com 14 quilos, o Explorer 1 media 2,03 metros, havia sido concebido por  William Hayward Pickering, do Jet Propulsion Laboratory,  transportava um sensor de raios cósmicos criado por Van Allen e foi colocado em órbita terrestre por um foguetão projectado por von Braun, cientista alemão que havia trabalhado para o governo Nazi durante a II Guerra. 
O Explorer 1 completava uma órbita em volta da Terra em 114,8 minutos, fazendo 12,54 voltas por dia. Fez 58.000 órbitas até 31 de Março de 1970, quando foi "cremado" pela atmosfera terrestre.
As suas observações  permitiram confirmar a existência de "cintos de radiação" em volta do planeta, agora chamados "Cintos de Van Allen".
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"INTERMEZZO"

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CITAÇÃO

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Tecnicamente, durante algum tempo, o Cristianismo 

foi ilegal (o seu Deus, em boa verdade, tinha sido 

crucificado como um bandido comum).


Michael Kulikowski (ver em baixo um texto de Kulikowski)
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CRISTIANISMO


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A figura em cima é a adaptação da capa de um artigo publicado no AEON Magazine que conta a História de como um pequeno culto Oriental, nascido "num canto" da Palestina Romana, se tornou na religião dominante do Mundo Ocidental. Está escrito em Inglês elementar e muito fácil, cuja leitura pode ser acompanhada da reprodução oral com excelente dicção. 
Não traduzo a peça porque tal está vedado pela lei.


Para ouvir, depois de abrir a página, clique no ícone reproduzido em baixo

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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CITAÇÃO

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[...] Palpita-me que Marcelo vai ter que se deixar de afectos e começar a pensar como vamos sair deste pântano.

Luís Menezes Leitão in Jornal "i"

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ARTUR ANSELMO

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Fui colega de Artur Anselmo no Liceu de Viana do Castelo. Artur é actualmente Presidente da Academia das Ciências de Lisboa. Com satisfação leio os elogios que a imprensa lhe faz pela proposta aprovada naquela Academia para melhorar o Acordo Ortográfico "de Malaca Casteleiro".
Diz-se que o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. Mas tenho ainda a esperança de ver a ortografia expurgada das jericadas praticadas. 
Obrigado Artur. 
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LISBOA DOUTRAS ERAS

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Venda ambulante de perus
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ESTÁ A ʒərĩˈɡõsɐ ESGOTADA ?

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[...] O chumbo da descida da TSU foi um momento importante, porque tornou 

claro que o PSD não está disposto a ser a ‘perna direita’ da ‘geringonça’.

Que esta tem de contar apenas com as suas forças.

Mas atenção: se o PSD não quer ser muleta do Governo, também não deve ter 

pressa de regressar ao poder.

É bom que os portugueses percebam as limitações deste modelo de 

governação, apenas apoiado nas esquerdas.

É importante que os portugueses percebam aquilo que um Governo destes é 

capaz e não é capaz de fazer – e os resultados que pode alcançar.

E para isso são necessárias duas condições.

A primeira é a ‘geringonça’ ter tempo suficiente para mostrar o que vale.

A segunda é governar sozinha, sem a ajuda de ninguém.

Até por isso, seria estrategicamente errado o PSD dar-lhe a mão.
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.José António Saraiva in "Sol"
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O JARDIM DA TINA

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CUIDADO COM ELE !...

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Clicar na imagem para ver um vídeo
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Trump é um matarruano; já toda a gente percebeu. Mais triste é que ele também percebeu e faz disso imagem de marca. Trump não fala — Trump arrota, com a agravante de ter mau hálito. Entre outras subtilezas, já declarou que não dormiu com a Princesa de Gales, Diana, porque não quis. É fino, o homem!...
Mas Trump não é exactamente o que parece. A recente visita da Primeira-Ministra do Reino Unido a Washington, pôs a nu a fragilidade dos políticos, sejam malcriados como Trump, sejam educados como Theresa May.
May, Primeira-Ministra de um dos principais países da Europa desde o tempo em que Trump ainda era um simples "pato-bravo" especialista em aldrabices fiscais — e não só — tratou-o sempre por "Mister President", enquanto ele a tratava por Theresa. May sabuja-se porque está interessada em acautelar uma boa relação com o troglodita para usar em tempos difíceis que aí vêm depois da saída do Reino Unido da União Europeia.
Mas o momento mais patético da visita, porventura hilariante, ocorreu na varanda da Casa Branca, quando ambos caminhavam lado a lado. Trump, com toda a farronca que conhecemos, tem pavor de escadas e rampas; e, quando se aproxima destas, fica "à rasca", especialmente se não têm corrimão, ou se têm e está sujo. Vive momentos de aflição e não sabe como há-de fazer. Foi o caso naquele dia com um simples degrau. Então, instintivamente, pediu a mão a Theresa. Uma ternura! O homem que vai arrasar os facínoras dos cartéis da droga sul-americanos, só desce uma rampa, ou um degrau, pela mão de uma mulher de 60 anos! Cuidado com ele!...
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domingo, 29 de janeiro de 2017

BOM ANO/"GUO NIAN"

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Ontem, como já referimos, foi dia de Ano Novo na China e em muitos países da região. Será o Ano do Galo. Em homenagem aos nossos irmãos chineses, aqui fica uma bela fotografia da Muralha da China com a Constelação de Orion (o caçador) em fundo. Bom Ano e Guo Nian.
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A CULPA FOI DO BENFICA

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O Barcelona empatou hoje com o Betis e, apesar de ter mais um jogo, ficou a quatro pontos do Real Madrid. A Direcção do Sporting já se pronunciou sobre o caso.
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VENEZA

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POMO DA DISCÓRDIA

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Ontem publiquei um texto de João Pereira Coutinho sobre o Desacordo, perdão, sobre o Acordo Ortográfico em que o autor salienta não ser a ortografia uma simples transcrição fonética. Na realidade, é fruto de muitos anos de evolução lenta e convencional, com alterações parcelares, justificadas por razões bem ponderadas e indiscutíveis. 

"Pegar" na ortografia em peso e alterar número incontável de normas duma assentada, está mesmo a ver-se que é burrice. O Professor Malaca Casteleiro melhor faria se ocupasse o tempo a matar palavras cruzadas, em vez de incomodar meio mundo — literalmente — com charadas ortográficas mal paridas. 
Tudo no mundo evolui, incluindo os seres vivos, mas a natureza é prudente e fá-lo devagar, não como aconteceu com o aborto em apreço.

Para ter uma ideia do que falo, chamo a atenção para o vídeo sobre o hífen, publicado em baixo. Nele se pode avaliar a irrelevância e dispensabilidade da maioria das alterações introduzidas por número restrito de personalidades menores desejosas de deixar o nome apenso a uma trampa que os devia envergonhar.
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Clique na imagem para ver o vídeo (no fim da página)
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A RIBEIRA DAS NAUS NO ANO EM QUE NASCI

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(Colaboração de J. Castro Brito)
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PERGUNTA DO DIA

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Quanto tempo Marcelo vai aguentar "o Marcelo"?

A pergunta — de  Luís Pedro Nunes, no programa "Eixo do Mal" — subentende, com subtileza, a existência de dois Marcelos:

1) "O Marcelo" que, quando jovem, tocava nas campainhas das portas às quatro da manhã e fugia; que, na manhã de 25 de Abril de 1974, telefonou a Mário Bento Soares, Presidente da Comissão de Exame Prévio  tratando-o simplesmente por "Mário Soares" — para lhe "anunciar" o que estava a acontecer nas ruas; o que fazia grandes cachas de intriga política na capa do "Expresso"; o que era uma das principais fontes de notícias escabrosas para Paulo Portas, director do jornal "Independente" ("A Máquina de Triturar Políticos").

2) E  Marcelo Presidente dos afectos, técnico de manutenção mecânica da "geringonça", descrispador-mor do Reino e globetrotter a bem da Paz e da tranquilidade nacional e planetária.
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sábado, 28 de janeiro de 2017

CITAÇÃO

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No pino do Inverno, 

finalmente descobri que 


dentro de mim existe um 


Verão invencível.




Albert Camus
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O QUE NASCE TORTO...

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O acordo ortográfico é uma aberração linguística e um exercício de autoritarismo cultural. E não houve cultor da língua que, nestes últimos anos de polémica, não tenha denunciado o arranjo – em livros, artigos ou meras proclamações públicas. Isto, que devia ter levado o país ‘oficial’ a desconfiar, manifestamente não levou. E o acordo foi airosamente adoptado em documentos, escolas, jornais, quem sabe em sinais de fumo. Agora, a Academia de Ciências voltou a olhar para o mostrengo. E concluiu que, afinal, a ‘simplificação’ foi longe de mais porque a língua não é propriamente uma transcrição fonética. Coisas como consoantes mudas, acentos ou hífenes talvez devam regressar. Pessoalmente, a única solução para o infeliz acordo passaria por rasgá-lo. Mas ‘repensar’ também serve, desde que isso sirva para cobrir de vergonha a parolada nativa que abraçou o acordo sem parar para pensar.

João Pereira Coutinho in "Correio da Manhã"

O JARDIM DA TERESA

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DE FAZER "CAIR O QUEIXO"

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Lançado de Cape Canaveral em 19 de Novembro do ano passado, o satélite conhecido como GOES-16 can now, observa a Terra duma órbita geoestacionária, a 22.300 milhas  acima do Equador. No dia 15 deste mês, fez a fotografia que se mostra em cima, da superfície  do planeta que é o nosso e da Lua em Quarto-Minguante. Embora destinado a fazer observações da Terra com fim meteorológico, usa a Lua como ponto de referência para calibração. 
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DAVID HOCKNEY


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TELEVISÃO DOS POBRES

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Hoje, 28 de Janeiro, é dia de Lua Nova e início do Ano Novo na China. Os chineses  acendem fogueiras, lançam fogo de artifício e fazem muito ruido para afastar Nian, o monstro que emerge das profundezas da Terra e se propõe destruir povoações inteiras e comer pessoas.
Amanhã — 29/1 — começa o Quarto Crescente, com a forma de apara de unha que será progressivamente mais espessa a 30/1, a 31/1 e por aí fora. Quase no mesmo alinhamento, poderá observar também (se o tempo permitir) Vénus e Marte — ver figura.


Habitue-se a observar os astros. É a televisão dos pobres.

ERUDIÇÃO E ESTILO

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[...] Quando à Europa humilhada o castelhano impõe a lei com a espada e o mosquete, nós, amarrados ao banco dos remeiros, segurando o leme, ferrando as velas, alargamos mar em fora a nau, com o olhar perscrutador fixado nos 
astros que nos guiam. Vamos de manso ao longo das costas... Ninguém nos vê: 
só ondas ouvem as melopeias monótonas dos marinheiros, cujo ritmo obedece ao ritmo do quebrar da vaga contra o costado. — Eles vão, emplumados e vestidos de aço, arrogantes e cheios de império, com o seu grito estridente e trágico, ensurdecer e estontear o mundo! Ninguém diria dois povos irmãos; e são-no porque ambos obedecem a um motivo idêntico, a um pensamento igual, que está no fundo da sua alma inconsciente, como a chama que arde no cerne da Terra, dando origem a rochas tão diversas no aspecto, na cor, na rijeza, na estrutura, no mérito.
Portugal é um anfiteatro levantado em frente do Atlântico que é uma arena. A vastidão do circo desafia e provoca tentações nos espectadores, arrastando-os afinal à laboriosa empresa das navegações, que era para eles um destino desde que a política os destacara do corpo da Península. [...]

Oliveira Martins in "História de Portugal"
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"PUMA"

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O veleiro "PUMA" entra no porto da Cidade do Cabo 
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

HERÓIS DO MAR, NOBRE POVO, NAÇÃO VALENTE....



Os heróis da redução do défice são os contribuintes, quer os particulares, quer as empresas, que em média por dia, entregaram quase 110 milhões de euros ao Estado. Mais de 4,5 milhões por hora.

Armando Esteves Pereira in "Correio da Manhã"

MÁXIMAS E MÍNIMAS

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A dor de cotovelo é como amor de 

homem: é forte mas passa.
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TRUMP VS PUTIN

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O ANEDOTÁRIO DE FREUD

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Freud achava que as anedotas e os sonhos tinham origem comum, no inconsciente. Ambos serão um meio de contornar o "censor" interno, com a diferença que as anedotas são compreendidas e os sonhos não. De certa forma, o sonho será uma anedota falhada segundo ele.
Freud era um coleccionador de anedotas, particularmente anedotas de judeus, que publicou em livro (138 anedotas). Uma conta a história de um rei que, quando visitava a província, encontrou um camponês muito parecido com ele. Abordou-o e perguntou-lhe se a mãe alguma vez tinha trabalhado no Palácio. "Não Sua Alteza", respondeu o homem, que acrescentou: "Mas o meu pai, sim". Outra  é de judeus. Um encontra um amigo que tem a barba com restos de comida e pergunta-lhe: "Queres que te diga o que comeste ontem? Comeste lentilhas". "Errado", respondeu o outro que acrescentou: "Isso foi antes de ontem". (Como é sabido, Freud era judeu).
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REINHOLD VOEKEL

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Café  Griensteidl (Viena)
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ECLÍPTICAS, ECLIPSES E OUTRAS COISAS MAIS

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A eclíptica é uma linha imaginária traçada na abóbada celeste pelo movimento aparente do Sol em relação à Terra. Na realidade, é a Terra que se move estando o Sol fixo mas do ponto de vista terráqueo parece o contrário. Por exemplo, se conseguíssemos  ver as estrelas (literalmente, quero dizer!) durante o dia, no fim de Março e princípio de Abril, avistaríamos a Constelação Peixes, do outro lado do Sol. Com o andar do tempo, passaríamos a ver outra constelação, a Áries, e por aí fora.
O plano da órbita da Terra, não é paralelo ao plano da órbita da Lua: há uma inclinação de 5 graus; isto é, a Lua está quase sempre "acima", ou "abaixo" da Terra em relação ao Sol. Por isso, só há eclipses da Lua quando esta cruza a eclíptica da Terra na fase de Lua Cheia. E só há eclipses do Sol quando a Lua, na fase de Lua Nova, cruza a mesma linha. Tive oportunidade de assistir a um eclipse destes, no dia 21 de Maio de 2012, a bordo do navio "Costa Fortuna", no Mar Mediterrâneo. É um fenómeno que mete medo pela variação súbita da temperatura ambiente e dos ventos que sopram em consequência disso.
Em 2017, ocorrerão dois eclipses da Lua, nos dias 11 de Fevereiro e 7 de Agosto. Serão apenas de penumbra, porque a Lua não passará no cone de sombra da Terra — apenas na área de penumbra.

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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

O MULTIVERSO E BRUNO DE CARVALHO

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Há alguma cópia de si, caro  leitor deste texto? Uma pessoa que não é você, que vive noutro  planeta chamado Terra, com montanhas, campos férteis e cidades em crescimento, num Sistema Solar com oito planetas? Com uma vida idêntica à sua?
A ideia de tal personagem parece estranha e implausível, mas temos de viver com ela porque é suportada por observações astronómicas. O mais simples modelo cosmológico actual prevê que o leitor tem um gémeo verdadeiro numa galáxia a 1028 metros de distância, valor tão grande que está para além da Astronomia; mas que não faz o seu duplo menos real. 
A estimativa decorre do facto de haver número infinito de planetas habitados, com gente como nós e seres exactamente iguais a si. Provavelmente, nunca verá os seus iguais literalmente porque a maior distância a que conseguimos "enxergar" é a percorrida pela luz desde  o Big-Bang há 14 mil milhões de anos ou seja, 4X1026 metros.
O universo dos seus "sósias" faz parte de universos paralelos, sendo cada um deles fracção da entidade a que chamaremos multiverso. A noção de multiverso é do domínio da Metafísica, uma vez que a linha separadora  entre a Física e Metafísica é a possibilidade de testar a veracidade das teorias e, até agora, tal não foi possível; o que não quer dizer que não venha a ser. A esfericidade da Terra, os campos magnéticos invisíveis, a curvatura do espaço, ou os buracos negros também já pertenceram ao foro da Metafísica. 
Pôr em causa a infinidade do espaço levanta grandes problemas teóricos. Por exemplo, onde acaba o espaço? Existe um local onde está escrito "Fim do Espaço" "Cuidado com o degrau"? Não creio. Consequentemente, até prova em contrário, existem muitos universos, múltiplos Portugais e um número infinito de Brunos de Carvalho! 
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[Adaptado de um texto de Max Tegmark, intitulado "Parallel Universes" , publicado no livro "Seeking the Multiverse" (Scientific  American")].
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HENRI ROUSSEAU

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HABILIDADES DO "HOMO SAPIENS"

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Em tempos, que podem remontar a datas de há 150.000 anos, existiu na Austrália uma fauna de animais gigantes. Não eram seres hoje extintos   tratava-se de mamíferos, répteis e aves que ainda existem, mas com porte
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muito maior. Fala-se em cangurus com quase 500 kg, lagartos com mais de 7 metros (não estou a falar de Bas Dost), aves de 200 kg e tartarugas do 
tamanho de um "carocha" Volkswagen. Era a chamada megafauna.
Tal fauna desapareceu há cerca de 45.000 anos,  5.000 anos depois do aparecimento do homem na Austrália. É convicção, hoje, que a extinção das espécies gigantes se deveu aos aussies — nome porque são designados os australianos em calão — e não por razões de alteração climática, ou coisa do mesmo tipo, como aconteceu com os dinossauros. 
Poderá achar-se exagero que população relativamente pequena conseguisse eliminar vária espécies animais num território com a dimensão da Austrália. A verdade é que um estudo realizado em 2006 mostra que  a morte de 1 animal jovem por habitante e por década podia eliminar uma espécie em poucas centenas de anos. Os australianos tivera 5.000  para o fazer. Dá que pensar!
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

RETRATOS QUE FIZ

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PRINCÍPIOS, MEIO E FIM

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O fim pode justificar o meio desde que alguma coisa justifique o fim.

Leon Trotsky (1936)

[...] Em sentido trivial, um meio só pode ser justificado por um fim, uma vez que o primeiro, por definição, é o modo de atingir o segundo. Então, um meio é justificado, ou validado como meio, pelo facto de atingir o fim desejado. Podem surgir problemas — e a máxima pode ser sinistra quando é escolhido um fim que não é apropriado e a escolha é feita à luz de uma ideologia ou de um dogma.  Se um ideólogo político, ou um zelota religioso, por exemplo, estabelece um fim particular como importante, com exclusão de todos os outros, está a um passo de que os seus seguidores concluam que é moralmente aceitável usar qualquer meio para atingir aquele fim. [...]

Ben Dupré, in "50 Philosophy  Ideas You Really Need to Know"
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"GUO NIAN"

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O dia de Ano Novo na China, e para as comunidades chineses espalhadas pelo mundo, será — em 2017 — a 28 de Janeiro, dentro de três dias. O calendário chinês é lunar, começando cada mês com a Lua Nova. O  novo ano, como todos os outros até aqui, vai ter o nome de um de 12 animais: será o Ano do Galo, nome pouco tranquilizador para supersticiosos. A tradição chinesa é também seguida em países como a Tailândia, Indonésia, Malásia e Filipinas.
Na celebração das festas da chegada do ano repetem-se rituais contados numa fábula antiga. Niam era um monstro sanguinário que emergia no último dia de cada ano para destruir povoações e comer pessoas. Até que um velho sábio aconselhou o povo a assustar e afastar o monstro com grande ruído e muita luz. Naquela noite passaram os chineses a acender grandes fogueiras, a lançar fogo de artifício e a tocar bombos, de tal maneira que o monstro fugiu para se esconder na sua caverna. Outra versão fala igualmente de fogo de artifício, mas inclui decorações vermelho vivo, o que também passou a fazer parte dos festejos.
Desde então, no dia de Ano Novo, os chineses saúdam-se com a expressão Guo Nian que significa qualquer coisa como "Sobrevive ao Nian".
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EDVARD MUNCH

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2017 BX

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Clique na imagem para ver maior

Um asteroide, "baptizado" 2017 BX, descoberto apenas no passado dia 20 de Janeiro, passou ontem, às 09H45 (TMG), entre a Lua e a Terra, a 261.120 km desta.
Tem diâmetro estimado entre 4 e 14 metros e "viaja" a 7,44 Km por segundo, cerca de 10 vezes a velocidade duma bala disparada pela espingarda Kalashnikova.
Felizmente, não nos acertou. A próxima vinda será em 12 de Janeiro de 2070, quando o problema da TSU estiver resolvido.
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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

GUSTAV KLIMTON

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CADA UM POR SI

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Uma instituição como a União Europeia sempre me fez sentir insegurança. Como dizia há dias, o homem "nasceu" na África e colonizou posteriormente a maior parte da superfície emersa do planeta. Condições ecológicas diversas condicionaram, pela selecção natural, o seu genotipo, determinando diferenças traduzidas nas raças.
Condições fenotípicas afins moldaram — em todas as raças — grupos diferentes com características sociológicas próprias: ocupação permanente do mesmo território, língua comum, aspirações materiais e espirituais idênticas, hábitos semelhantes e por aí fora. Assim nasceu a nação.
Mas a nação carecia de se organizar para garantir a protecção colectiva e assegurar convivência adequada ao bem comum: nasceu então o estado. 
Todo o processo do nascimento foi lento —à escala de milénios — e implicou grandes sobressaltos, mesmo tragédias. Não parece, por isso, assisado ensaiar fusões contranatura de estados, criando entidades supra nacionais e, consequentemente, supra estatais. Na Europa, começam a sentir-se as consequências do fenómeno.
Lembrei-me disto quando li o artigo de Luís Menezes Leitão, no jornal "i" de hoje. Termina assim: 
"Na verdade, como o estado do processo de integração europeia já está a demonstrar, a integração económica só funciona em épocas de prosperidade, quando há dinheiro para distribuir. Quando a crise chega, a solidariedade acaba e os países querem é proteger os seus cidadãos. E, nesse aspeto, as fronteiras são o instrumento principal para assegurar essa proteção. As fronteiras estão de volta e agora é cada um por si. Habituem-se."

TAL E QUAL, DIGO EU!...
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