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Jami Sieber
"In the Silence", do album "Hidden Sky"
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O PORTUGUÊS ACTUAL É DOLICOCÉFALO, ortocéfalo (quase camecéfalo), metriocéfalo (quase acrocéfalo), levemente eurimetópico, de buraco occipital mesossema (quase megassema), leptoprósopo, cameconco ou mesoconco, leptorrínico, fenozígico (quase criptozígico), mesostafilino (quase leptostafilino), ortognata e megalocéfalo. - A. A. M. Correia, "Os Povos Primitivos da Lusitânia", 1924, p. 327

No Domingo, houve problemas nas mesas eleitorais decorrentes da existência do cartão do cidadão e da consequente mudança de número de eleitor. Alguns cidadãos não votaram por isso. A oposição ataca o governo e pede a demissão do Ministro da Administração Interna. Debate aceso no Parlamento até que o inefável Assis, por seu indiscutível mérito Presidente do Grupo Parlamentar do PS, põe as coisas no seu lugar, segundo conta a comunicação social: "Quando há um problema, a culpa é do Governo; quando há crise, a culpa é do Governo", lamentou o líder da bancada socialista, numa crítica ao alegado "pessimismo radical" das forças da oposição.
O cartão do cidadão é uma daquelas pessegadas que excitam Sócrates, porque Sócrates é prá-frentex, é parolo, e acha chique criar uma coisa de plástico com cinco, ou seis, ou trinta em um. E criou. Naturalmente, com gente que conhece as coisas pela rama, caso flagrante do abençoado e querido Primeiro-Ministro de Portugal, foi tudo feito sobre o joelho, no máximo num computador "Magalhães". Os resultados medíocres menores têm passado despercebidos, como o não mencionar a naturalidade dos detentores, mas a bronca acaba sempre por chegar.