sexta-feira, 17 de junho de 2011

'SUNSPOTS'

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Fotografia de um sunspot feita por uma das naves que gravitam para colher informções sobre a estrela. A área negra tem aproximadamente o diâmetro da Terra.
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As manchas solares, mais conhecidas pelo nome inglês sunspots, correspondem a tempestades magnéticas ocorridas na estrela e aparentes na sua superfície sob a forma de zonas escuras. A erupção dessas tempestades acompanha-se da emissão de enorme quantidade de radiação, sobretudo electromagnética mas não só, que viaja no espaço em todas as direcções, incluindo a da Terra. E tal fenómeno causa perturbações várias no nosso planeta. A sociedade moderna depende de tecnologias susceptíveis ao efeito dessas radiações que podem interromper o funcionamento das redes de distribuição eléctrica, a sinalização dos caminhos-de-ferro, as comunicações de rádio, incluindo as da aviação, as unidades de GPS, e afectar a saúde dos astronautas e dos passageiros de voos a alta altitude.
A erupção dos sunspots evolui ciclicamente, com períodos de grande actividade e períodos de repouso. Neste momento, estamos a chegar ao fim de um desses hiatos de repouso e aguarda-se com alguma apreensão o que vai acontecer. Apreensão porque, nos últimos cem anos, nunca se assistiu a tanta “calma” solar como a que se registou nos anos de 2008 e 2009 – nesse aspecto podemos dizer que o Sol tem andado a dormir - e receia-se que volte com força redobrada. É um mero palpite, claro está, mas é preciso estar atento.
Pode parecer bizantina esta de estar atento, mas não é: há hoje uma frota de satélites que observam o Sol “de perto” e podem dar sinal para a Terra antes de os efeitos a atingirem, permitindo tomar medidas de prevenção. É o que podemos chamar meteorologia espacial que recebe cada vez maior atenção. Para dar um exemplo simples, refira-se que os voos comerciais, especialmente sobre os pólos, podem ter que ser alterados em função dessas informações.

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