A visão do lugar da Terra no Universo mudou tanto no Século XX,
como mudou nos Séculos XVI e XVII, depois da controversa teoria de Copérnico de
ser o Sol, e não a Terra, o centro do Universo.
Em 1920, um novo telescópio em Mount Wilson revelou que muitas
manchas ténues de claridade nos céus não eram nebulosas da nossa galáxia, a
Via Láctea, mas outras galáxias contendo milhares de milhões de estrelas.
Ao estudar a luz emitida por essas estrelas, os astrofísicos
chegaram a outra espantosa descoberta: as galáxias estão a afastar-se umas das
outras em todas as direcções, o que implica que o Universo está em expansão.
Tal observação está de acordo com a hipótese proposta por um
astrónomo e sacerdote católico belga, Geoge Lemaître, de que o Universo teve
origem num ponto de onde começou a expandir-se, num fenómeno que ficaria
conhecido por Big-Bang.
De acordo com esta teoria, toda a energia e matéria do Universo estava
concentrada num objecto infinitamente denso e infinitamente quente, acerca do
qual os cientistas sabem pouco. Depois começou a expansão, à medida que
arrefecia, tornando possível, às partículas elementares que actualmente formam a matéria, tornarem-se estáveis.
A ocorrência do Big-Bang e o tempo que entretanto passou desde
então implicam que a matéria na profundidade do espaço deve estar com uma
temperatura particular, facto comprovado pelos radiotelescópios de micro-ondas
da Terra. E observações posteriores, com satélites, confirmam que a radiação de
fundo do Universo tem exactamente as características que seriam de esperar do
Big-Bang.
Esta é pois, Senhores, uma história de pasmar!
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