A Associação dos Industriais de Calçado fez contas e estima que o preço dos sapatos vai aumentar 10% no próximo ano. Não disse bem 10%, mas “cerca de”.
Estamos no primeiro de Agosto, faltam 5 meses para o ano acabar, e até lá pode rebentar uma guerra mundial, derreter toda a Antárctica e o mar submergir a Europa, o Eng. Sócrates ser preso, ou ocorrer um dilúvio universal para apuramento das espécies, incluindo a dos industriais de calçado; mas a Associação, pela voz do seu presidente acabado de ser eleito, acha que os preços dos sapatos vão aumentar 10% (“cerca de") em 2011, prontes.
E porquê este aumento de “cerca de”? Pois não é evidente que se deve à desvalorização do euro? E ao aumento do custo da mão de obra e dos transportes na China?
Industriais de toda a Europa batem palmas com a desvalorização do euro por facilitar as exportações. Economistas lamentam o facto do euro não poder ser desvalorizado na actual conjuntura económica. E, agora que ele se desvaloriza espontaneamente, os industriais lusitanos de calçado acham mal. Porquê? Porque têm menos margem de lucro no produto acabado; porque recuperar disso com o acréscimo das exportações dá trabalho – demasiado trabalho; e porque pagam mais pelos Ferraris importados. Uma espiga!
Quanto à mão de obra chinesa, é verdade que a impensável reserva de trabalhadores baratos foi sobre-estimada em 100 milhões há 3 anos e, na realidade, seria de 50 milhões, números redondos. Mas isso não quer dizer que, nas condições sociais, laborais e políticas do país, o custo do trabalho possa crescer até afectar significativamente o custo dos produtos fabricados na Europa.
O recém eleito presidente da Associação dos Industriais de Calçado está a encher balões. São balões de ensaio como dizem os sindicalistas - a ver se cola um aumento substancial das chulipas no próximo ano. Pode sair-lhe o tiro pela culatra e ver-se na condição de ter que comer as ditas chulipas. Os construtores civis que lhe expliquem porque comem cimento.
Estamos no primeiro de Agosto, faltam 5 meses para o ano acabar, e até lá pode rebentar uma guerra mundial, derreter toda a Antárctica e o mar submergir a Europa, o Eng. Sócrates ser preso, ou ocorrer um dilúvio universal para apuramento das espécies, incluindo a dos industriais de calçado; mas a Associação, pela voz do seu presidente acabado de ser eleito, acha que os preços dos sapatos vão aumentar 10% (“cerca de") em 2011, prontes.
E porquê este aumento de “cerca de”? Pois não é evidente que se deve à desvalorização do euro? E ao aumento do custo da mão de obra e dos transportes na China?
Industriais de toda a Europa batem palmas com a desvalorização do euro por facilitar as exportações. Economistas lamentam o facto do euro não poder ser desvalorizado na actual conjuntura económica. E, agora que ele se desvaloriza espontaneamente, os industriais lusitanos de calçado acham mal. Porquê? Porque têm menos margem de lucro no produto acabado; porque recuperar disso com o acréscimo das exportações dá trabalho – demasiado trabalho; e porque pagam mais pelos Ferraris importados. Uma espiga!
Quanto à mão de obra chinesa, é verdade que a impensável reserva de trabalhadores baratos foi sobre-estimada em 100 milhões há 3 anos e, na realidade, seria de 50 milhões, números redondos. Mas isso não quer dizer que, nas condições sociais, laborais e políticas do país, o custo do trabalho possa crescer até afectar significativamente o custo dos produtos fabricados na Europa.
O recém eleito presidente da Associação dos Industriais de Calçado está a encher balões. São balões de ensaio como dizem os sindicalistas - a ver se cola um aumento substancial das chulipas no próximo ano. Pode sair-lhe o tiro pela culatra e ver-se na condição de ter que comer as ditas chulipas. Os construtores civis que lhe expliquem porque comem cimento.
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