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O patriotismo português não é pois argumento a favor nem contra o problema da unidade de sangue das populações com que Portugal se formou. O jornalismo e a política podem explorar retoricamente todas as cousas, confundindo-as; mas à ciência impassível e soberana fica mal deixar-se arrastar por motivos inferiores. O patriotismo é excelente, no seu lugar. Negar que durante os três séculos da dinastia de Aviz a nação portuguesa viveu de um modo forte e positivo, animada por um sentimento arraigado da sua coesão, seria um absurdo. Essa coesão que fora ganha nas lutas e campanhas da primeira dinastia, perde-se no XVI século, por causa das consequências do império oriental e da educação dos jesuítas. Portugal acaba; os Lusíadas são um epitáfio.
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Oliveira Martins in "História de Portugal"
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
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