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Lê-se na comunicação social: «Manuel Alegre desceu as ruas de Lisboa rodeado de centenas de apoiantes. As rosas vermelhas substituíram os cravos na maior recepção da campanha, até à data. No final o momento alto: os apoiantes levantaram o candidato em ombros e gritou-se "Portugal!"».
Empolgante a síntese jornalística! “Desceu as ruas de Lisboa”! Quantas? Todas? Dez? Duas? Não interessa: desceu as ruas porque subir é cansativo, prontes.
Rodeado de centenas de apoiantes, diz-se - não voltem atrás para confirmar: foram mesmo centenas! Não dezenas, não senhor, mas centenas! De ficar com o queixo caído! Centenas de apoiantes!...
As rosas vermelhas substituíram os cravos. E porque são as rosas, substitutas dos cravos, matéria da inspirada notícia? Porque podiam ser manjericos, ou flores de laranjeira, está bom de ver.
E qual foi o momento alto, qual foi? Não se diz a que altura, mas no final os apoiantes levantaram o candidato! E mais: no meio do esforço ainda houve fôlego para gritar. Gritar o quê? Gritar Portugal. Assim mesmo: gritou-se Portugal!
Estava eu aguardando o Sábado, dia de reflexão, para decidir em quem votar, mas perante a notícia, já sei em quem não voto: no Alegre. Agora só tenho de eliminar quatro. Ou cinco!...
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
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