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Há primeiros-ministros compulsivos. O mal deve ter a ver com a função, mas ainda não se esclareceu se é ele que leva à função, ou se é a função que leva ao mal. Por exemplo, Belusconi está a ser julgado por organizar festas “bunga bunga” com menores na sua villa em Ancore, perto de Milão, e já se descobriu que continua no “bunga bunga” noutra propriedade, alguns quilómetros mais à frente – não tem emenda! Mas há outros casos: por exemplo, um que eu conheço é compulsivo na mentira e quando apanhado em flagrante, inventa outra mentira para explicar a anterior. Acumula mentira ao mesmo ritmo que acumula dívida.
Em minha opinião - muito modesta, naturalmente -, o mal é cromossómico. São exemplares mutantes que, embora à margem da linha dos mais aptos, resistem à selecção, ou seja à extinção, porque não há raio que os parta. Darwin, se vivesse, estaria de acordo comigo; e não diria melhor.
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