quarta-feira, 15 de junho de 2011

O DISCURSO QUE NÃO AGRADA A POLÍTICOS

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Novo é também o facto de alguns políticos não terem dado o exemplo do sacrifício que impõem aos cidadãos. A indisponibilidade para falarem uns com os outros, para dialogar, para encontrar denominadores comuns e chegar a compromissos contrasta com a facilidade e o oportunismo com que pedem aos cidadãos esforços excepcionais e renúncias a que muitos se recusam. A crispação política é tal que se fica com a impressão de que há partidos intrusos, ideias subversivas e opiniões condenáveis. O nosso Estado democrático, tão pesado, mas ao mesmo tempo tão frágil, refém de interesses particulares, nomeadamente partidários, parece conviver mal com a liberdade. Ora, é bom recordar que, em geral, as democracias, não são derrotadas, destroem-se a si próprias!

Este será um dos trechos do discurso de António Barreto nas comemorações do 10 de Junho, em Castelo Branco,  que caiu mal a “democratas” acrisolados. Porque denigre os políticos, meio caminho andado, segundo tal sensibilidade, para a derrocada da democracia. Tal derrocada, como diz Barreto no fim do texto aqui transcrito, é em geral obra deles. Os políticos têm a bizarra característica de não perceber quando se estão a afundar de motu proprio.
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