terça-feira, 14 de junho de 2011

OS MISTÉRIOS DO NOSSO BERÇO

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Em 1980, registou-se enorme avanço no conhecimento da Terra: há 65 milhões de anos, um meteoróide embateu no planeta e provavelmente causou a extinção dos dinossauros e muitas outras formas de vida. Em poucos anos a seguir, tornou-se evidente que alguns meteoritos encontrados na Terra tinham vindo de Marte.
Estas duas informações reforçaram a ideia, que surgiu com o estudo das crateras por impacto na Lua  e na Terra, de que esta deve ser  vista no seu contexto astronómico: por exemplo, a vida pode ter terminado por efeito de objectos extra-terrestres inesperados, ou importada de outros planetas do Sistema Solar.
Acredita-se hoje que nos últimos períodos da formação da Terra, um planeta da dimensão de Marte colidiu com ela, espalhando enorme nuvem de detritos que deram origem à nossa Lua. Esta colisão criou tanto calor, que todo o planeta fundiu. Pouco se sabe sobre como esta sopa de magma se diferenciou no centro, ou núcleo, da Terra, no manto e na litosfera actuais, ou como se desenvolveu a atmosfera e os oceanos.
A origem da vida é uma das mais intrigantes, difíceis e persistentes questões da Ciência. Porque a vida surgiu no Sistema Solar há milhares de milhões da anos, algumas das informações fundamentais acerca da sua origem são de natureza geológica. O nosso conhecimento sobre a natureza da matéria a partir da qual a vida se formou, e onde, quando, e de que forma, derivam de investigações geológicas de rochas e minerais que constituem a única evidência que ainda existe. Quando a vida surgiu, as condições da superfície do planeta deviam ser muito diferentes das de hoje; e o desafio é perceber com algum rigor as características do ambiente físico e dos componentes químicos disponíveis para a primeira vida.
Excertos do livro “Origin and Evolution of Earth: Research Questions for a Changing Planet”, editado pela "National Academies Press" (2008)
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