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.Segunda-feira é o prazo-limite para a leitura do acórdão do processo Casa Pia. Caso contrário, o julgamento mais longo da justiça portuguesa será considerado nulo. O ultimato é dos advogados dos sete arguidos - Hugo Marçal, Carlos Cruz, Ferreira Diniz, Carlos Silvino, Jorge Rito e Gertrudes Nunes - que ontem ameaçaram deitar por terra todo o trabalho e diligências dos últimos cinco anos. Em causa está uma eventual violação do Código de Processo Penal: ao adiar pela terceira vez consecutiva a sentença para 3 de Setembro, o colectivo de juízes, presidido por Ana Peres, terá ultrapassado o prazo de 30 dias sem produzir prova.
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Fonte ligada ao processo Casa Pia explicou ao i que, caso o julgamento seja considerado nulo, todas as diligências relacionadas com a audição de testemunhas são inválidas e terão de ser repetidas: "Isso é que é verdadeiramente dramático pois estamos perante um julgamento com mais de 900 testemunhas." Os crimes prescrevem em 2018.
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O transcrito é do mesmo jornal. As três frases do segundo parágrafo são exemplares da Justiça Lusitana. A Lei está prenhe de alçapões, e quem administra a Justiça, ou não os conhece – pouco provável – ou serve-se deles – muito provável.
Que sentido faz deitar a perder trabalho de cinco anos porque se adia três vezes a leitura de um acórdão já redigido?
Valha-me Santa Bárbara!!...
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
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