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Naturalmente que Obama não podia estar ausente - ocupa a terceira posição, a seguir à dupla Dominique Strauss-Kahn, Director do FMI, e Robert Zoellick, Presidente do Banco Mundial.
Obama, viu a a imagem ensombrada por uma economia em dificuldades, pelo problema do Afeganistão, por um fiasco eleitoral e pelo desastre do derrame de petróleo no Golfo do México. E, embora com planos para resolver problemas como o da imigração e o da maneira como a América desbarata energia, a verdade é que tais planos ainda não saíram do papel. Adicionalmente, o esforço na promoção da paz no Médio Oriente tem sido um flop, e não consegue calar os republicanos mais conservadores que o acusam de estar a instalar no País um socialismo "à europeia".
Mas, mesmo sendo severamente julgado pelos compatriotas, Obama será ainda o líder mais popular do mundo, dizem os responsáveis pela lista em apreço. Enfrenta com determinação a entrada no período pós-superpotência única que a América viveu a seguir ao fim da guerra-fria, procura que o País se imponha pela força das ideias, estabeleceu relações de solidariedade com as potências emergentes ainda não representadas satisfatoriamente nas organizações que governam o mundo, reforçou os laços de amizade com as democracias da Ásia, e proclamou na Assembleia Geral das Nações Unidas, urbi et orbi, que combaterá os que sufocam ideias e será a voz dos que não a têm.
Muito idealismo, e retórica ainda mais, é verdade. Obama é um dos mais brilhantes e convincentes oradores que tenho ouvido, e já ouvi muitos – até de mais. Mas está na fase inicial da empresa a que meteu ombros e merece o benefício “espera para ver”. Quando chegar ao fim, revê-se a matéria.
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