domingo, 28 de novembro de 2010

O HOMEM QUE VENCEU NOS MERCADOS

Não gosto de incriminar ninguém pelo “que consta” pois, muitas vezes, o “que consta” é inventado para prejudicar com má fé. E o “que consta” corre mais depressa que a verdade. Mas há factos confirmados que, não constituindo por si motivo para incriminar, cheiram mal, prontes.


Hoje lê-se no “Diário de Notícias”:

[...] Os inspectores da Unidade Nacional contra a Corrupção também apreenderam um vasto conjunto de obras de arte que estavam na casa de João Rendeiro, ex-presidente do banco (BPP), e no Centro de Arte Contemporânea da Fundação Ellipse, uma instituição sediada em Alcoitão, Cascais, e ligada ao BPP. Fonte próxima da investigação confirmou ao DN a apreensão, acrescentando que o valor das obras de arte apreendidas ronda os 50 milhões de euros. [...]

[...] Ao que o DN apurou, os investigadores suspeitam, por um lado, que João Rendeiro tenha utilizado ilegitimamente dinheiro do banco para adquirir obras de arte e, por outro, investigam as relações comerciais entre a Fundação Ellipse e o BPP. Até que ponto, segundo uma fonte ligada à investigação, a primeira não era um veículo de branqueamento de capitais é uma das suspeitas em causa. [...]

[...] De facto, segundo notícia recente do Correio da Manhã, a casa onde João Rendeiro e a mulher, mais uma empregada filipina, habitam está em nome de uma empresa offshore: a Corbes Group LLC, constituída nas Ilhas Virgens Britânicas, mas, actualmente, com sede no Delaware, o paraíso fiscal norte-americano. [...]

Em boa verdade, tudo isto é complicado e não cheira muito bem. Que acha o leitor? Ao ler isto, não diz nada, mas acho que alguma suspeita lhe atravessa o encéfalo. Não?!!!... O meu atravessa.
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