sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

ENCERRADO TÚMULO DE KING TUT

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Segundo o jornal “El País”, Zahi Hawass, Ministro das Antiguidades do Egipto, anunciou o encerramento definitivo ao público do túmulo de King Tut, a fim de preservar o local da degradação provocada pelos turistas. Em tempos, em outro blog, escrevi sobre King Tut no dia do aniversário de Howard Carter (em baixo à direita), o egiptólogo britânico que em 1922 descobriu a sua sepultura no Vale dos Reis. Deixo aqui a versão quase integral do que então publiquei, para os que não leram, ou já esqueceram.

Quem era King Tut? O único faraó que tem um nickname na cultura
popular. Nada mais nada menos que o Faraó Nebkheperre Tutankhamun, ou Tutankhamen, da Oitava Dinastia do Egipto, reinando entre1333 e 1323 AC!

É o mais conhecido faraó em todo o mundo. A sua sepultura, descoberta em 1922 por Howard Carter, é a mais genuína e bem conservada sepultura dos faraós. O recheio encontra-se no Museu do Cairo e constitui a colecção arqueológica mais viajada em todo o mundo. A exposição no “Metropolitan Museum of Art” em Nova Iorque, de 17 de Novembro de 1976 a 15 de Março de 1977, foi observada por mais de um milhão de pessoas.

Sob o ponto de vista histórico, Tutankhamen tem pouco significado no antigo Egipto. Começou a reinar com 9 anos e terá morrido com 19. Mas entrou na cultura popular, sobretudo americana. Foi evocado na canção "King Tut", pela estrela do showbusiness Steve Martin, e personagem importante das novelas históricas de Lynda Robinson. É o inspirador da música "Dead Egyptian Blues" interpretada pela banda “Trout Fishing in America” no album “Over the Limit”. É também homónimo de um dos bad guys na série de televisão americana "Batman", com Adam West.

Como escreveu Manchip White, na Introdução do livro de Carter «The Discovery of the Tomb of Tutankhamun», “O faraó que em vida foi dos menos estimados, tornou-se depois de morto o mais afamado”.

King Tut morreu jovem, com cerca de 19 anos. A causa da morte tem sido discutida. À parte uma fenda palatina, parece ter gozado de boa saúde até morrer.

 Desde que o corpo foi colocado no sarcófago em 1926, depois dos exames de Howard Carter, a múmia foi examinada com técnicas de imagiologia (radiografias e TAC) por três vezes: em 1968, por um grupo da Universidade de Liverpool; em 1978, por peritos da Universidade de Michigan; e, em 2005, por uma equipa de cientistas egípcios chefiados pelo Secretário Geral do Conselho Superior de Antiguidades Egípcias, Dr. Zahi Hawass (o agora ministro que encerrou o túmulo).

Admite-se hoje que King Tut morreu por gangrena de um membro inferior, na sequência de fractura do fémur. A hipótese de assassinato por traumatismo craniano foi afastada, concluindo-se que o material sólido encontrado dentro do crânio corresponde a restos de resinas usadas no processo de embalsamação.

Durante anos falou-se da maldição que atingiria os que profanaram a sepultura de Tutankhamen e que consistiria na morte prematura. Esta fantasia foi alimentada por jornalistas (por quem poderia ser mais?!...). Estudos posteriores revelaram que a idade da morte dos que entraram na sepultura de King Tut era sensivelmente a mesma dos que participaram na expedição e não entraram, morrendo quase todos depois dos 70.
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