segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A IMPERTINÊNCIA PERTINENTE

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Sabiam que existe, segundo me dizem, uma associação chamada “Associação dos Lesados do BPN”? E que tal instituição, com papel timbrado e tudo, tem advogado estabelecido com porta aberta para a rua? E que o advogado tem a circular na Net um documento da sua autoria, dizem-me, em que faz perguntas incómodas e aparentemente pertinentes sobre o negócio das acções de Cavaco Silva? Por exemplo, como foi fixado o preço das acções, sem cotação na Bolsa, de um euro por cada: Atiraram moeda ao ar? Consultaram a bruxa? Recorreram a firma especializada? Não se sabe.

E, estranhamente, a transacção foi feita quando o Banco de Portugal já andava a investigar o BPN e Dias Loureiro já tinha ido lá reclamar. A aparente impertinência do causídico vai ao ponto de perguntar se Cavaco e a filha pagaram! E, se pagaram, quer saber como o fizeram, se por transferência, se por cheque, se em cash, porque não se sabe.

Por outro lado, as acções foram vendidas por razões insondáveis. Teria Cavaco tido um palpite vindo do interior do banco, de correligionários, interroga. Ou chegou-lhe cheiro a esturro às fossas nasais? E porque comprou a SLN Valor as acções de novo? Tinha poucas? E porque ofereceu uma mais valia de 140% em dois anos, “a lembrar as taxas praticadas pela banqueira do povo D. Branca?”

Mistério...

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