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Nos jornais só leio o que me interessa; e vejo pouco televisão, quase sempre com o dedo no nariz. Assisto aos noticiários que são, ou deviam ser, importantes; a alguns debates e a jogos de futebol, o melhor da TV, ponto.
Ontem, no principal canal público, o tempo de notícias com maior audição abriu e arrastou-se por tempo inexplicável com essa tragédia de Nova Iorque, em que um jovem quase criança, enganado e humilhado sexualmente por um velho depravado, militante confesso de práticas aberrantes e contra naturam, num acto de desespero que a Psicologia e a Psiquiatria explicam, o matou. A televisão pública não poupou recursos para dar informação completa sobre os mais escabrosos pormenores do drama, incluindo grande relevo à crueldade do suspeito assassino que matou uma das figuras de maior destaque no panorama “cultural” da meia tigela do País. Tem sido penoso o acompanhamento deste caso, imposto ao público pela força de um lobby poderoso que, explorando a saloiada do politicamente correcto, no-lo impõe com relevância enviesada. São mesmo produzidos programas televisivos especiais em que a fina flor do lobby aborda o caso como se de calamidade nacional se tratasse. Afinal, a primeira e principal vítima, digo eu, é o jovem protagonista, envolvido na teia da sua inexperiência e ambição provinciana, presa fácil da vítima assassinada, que usava a suposta influência no meio do sonho pindérico da juventude para pressionar, subjugar e seduzir um infante que podia ser seu neto. Deprimente!...
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sábado, 15 de janeiro de 2011
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