Uma
instituição como a União Europeia sempre me fez sentir insegurança. Como dizia há dias, o homem "nasceu" na África e colonizou posteriormente a
maior parte da superfície emersa do planeta. Condições ecológicas diversas
condicionaram, pela selecção natural, o seu genotipo, determinando diferenças
traduzidas nas raças.
Condições
fenotípicas afins moldaram — em todas as raças — grupos diferentes com
características sociológicas próprias: ocupação permanente do mesmo território, língua comum, aspirações
materiais e espirituais idênticas, hábitos semelhantes e por aí fora. Assim nasceu a
nação.
Mas
a nação carecia de se organizar para garantir a protecção colectiva e assegurar
convivência adequada ao bem comum: nasceu
então o estado.
Todo o
processo do nascimento foi lento —à escala de milénios — e implicou
grandes sobressaltos, mesmo tragédias. Não parece, por isso, assisado ensaiar fusões contranatura de
estados, criando entidades supra nacionais e, consequentemente, supra estatais.
Na Europa, começam a sentir-se as consequências do fenómeno.
Lembrei-me
disto quando li o artigo de Luís Menezes Leitão, no jornal
"i" de hoje. Termina assim:
"Na verdade, como o estado do processo de integração europeia já está a
demonstrar, a integração económica só funciona em épocas de prosperidade,
quando há dinheiro para distribuir. Quando a crise chega, a solidariedade acaba
e os países querem é proteger os seus cidadãos. E, nesse aspeto, as fronteiras
são o instrumento principal para assegurar essa proteção. As fronteiras estão
de volta e agora é cada um por si. Habituem-se."
TAL E QUAL, DIGO EU!...
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