Nos anos 30, a grande maioria dos empregos que
desapareceram foram eliminados pela substituição do homem pelas máquinas no sector industrial — os robots "apoderaram-se" das
fábricas, na parte manual do trabalho.
O avanço actual da inteligência artificial vai desencadear
nova revolução no mercado de trabalho mas, desta vez, as máquinas vão tomar
conta do sector dos serviços — sobretudo do trabalho intelectual, bem remunerado: o que
exige aplicação de algoritmos complexos, identificação de padrões em grande
quantidade de dados, avaliação de créditos e prémios de seguros, tradução de relatórios
de Inglês para Mandarim, gestão de grandes stocks
e por aí fora. As máquinas têm dificuldade em replicar gestos do trabalho de muitos
serviços pior remunerados, como o de jardineiro, empregado de limpeza, de bar, da restauração, de
apoio a idosos e deficientes e muitos outros.
A crise desta vez vem para os "ricos" do sector dos serviços e poupa
a classe média e daí para baixo. Alguma vez tinha de ser!
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