quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

LATRINAS "HIGH-TECH"

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O Japão, como nação civilizada e "prá-frentex" que é, modernizou muitas coisas de uso generalizado e frequente no quotidiano, dando atenção aos mais  pequenos detalhes. Mas com a próxima disputa da Taça do Mundo de Rugby em 2019 e dos Jogos Olímpicos no ano seguinte em Tóquio, os indígenas da Terra do Sol Nascente, antecipando a invasão maciça de bárbaros ocidentais—praticamente iliteratos tecnológicos—andam preocupados com a mais que provável incapacidade destes para lidar com o progresso japonês no dia-a-dia.  E uma, e das maiores, preocupações diz respeito à "iliteracia" ocidental em matéria de latrinas, toilletes, ou cagadeiras, como quiserem dizer. É que as latrinas japonesas são high-tech, capazes de descargas de autoclismo personalizadas, bem como projectar jactos de água tépida para lavagem das partes baixas anteriores ou posteriores—à escolha—, jactos de ar quente também bidireccionais, e ainda de levantar ou baixar o tampo de sanita, antes ou depois do alívio, respectivamente. Todas as funções são desencadeadas pela simples pressão com um dedo em botões colocados estrategicamente e identificados por ícones convencionais.
A ralação japonesa decorre do facto de haver, pelo menos, oito fabricantes de toilletes high-tech e não usarem todos os mesmos ícones. Na impossibilidade  de distribuir nas fronteiras guias de latrinas aos visitantes, de forma a explicar os ícones usados por tantos fabricantes, impõe-se a uniformização da sinalética sanitária, o que irá acontecer em Abril, para regozijo da humanidade visitante do país. Assim se evitará que, ao querer descarregar o autoclismo, se apanhe com um jacto de água fria nas partes fracas, ou com o tampo da sanita no dorso.
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