O Japão, como nação civilizada e "prá-frentex" que é,
modernizou muitas coisas de uso generalizado e frequente no quotidiano, dando
atenção aos mais pequenos detalhes. Mas com
a próxima disputa da Taça do Mundo de Rugby
em 2019 e dos Jogos Olímpicos no ano seguinte em Tóquio, os indígenas da Terra do Sol Nascente,
antecipando a invasão maciça de bárbaros ocidentais—praticamente iliteratos tecnológicos—andam
preocupados com a mais que provável incapacidade destes para lidar com o
progresso japonês no dia-a-dia. E uma, e
das maiores, preocupações diz respeito à "iliteracia" ocidental em
matéria de latrinas, toilletes, ou
cagadeiras, como quiserem dizer. É que as latrinas japonesas são high-tech,
capazes de descargas de autoclismo personalizadas, bem como projectar jactos de
água tépida para lavagem das partes baixas anteriores ou posteriores—à escolha—,
jactos de ar quente também bidireccionais, e ainda de levantar ou baixar o
tampo de sanita, antes ou depois do alívio, respectivamente. Todas as funções
são desencadeadas pela simples pressão com um dedo em botões colocados estrategicamente
e identificados por ícones convencionais.
A ralação japonesa decorre do facto de haver, pelo menos,
oito fabricantes de toilletes high-tech e
não usarem todos os mesmos ícones. Na impossibilidade de distribuir nas fronteiras guias de latrinas
aos visitantes, de forma a explicar os ícones usados por tantos fabricantes,
impõe-se a uniformização da sinalética sanitária, o que irá acontecer em Abril,
para regozijo da humanidade visitante do país. Assim se evitará que, ao querer
descarregar o autoclismo, se apanhe com um jacto de água fria nas partes fracas,
ou com o tampo da sanita no dorso.
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