sábado, 14 de janeiro de 2017

PASSARINHOS INOCENTES E O BICHO HOMEM

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Em 2009, um avião que descolava do aeroporto de LaGuardia, na região de Nova-Iorque, cruzou-se com um bando de gansos canadianos em voo. Várias aves foram aspiradas pelos reactores e dois deles foram postos fora de serviço. O comandante aterrou de emergência no rio Hudson e salvou passageiros e tripulantes.  Desde esse dia, na área dos três aeroportos que servem Nova Iorque—LaGuardia, Newarke e JF Kennedy—70 mil aves foram abatidas, quer a tiro, quer com armadilhas.
De forma decepcionante, nos dois primeiros aeroportos, a média de embates com aves subiu de 185 por ano, nos cinco anos anteriores ao acidente, para 299 nos seis anos seguintes, depois de muitos milhares de aves abatidas.
Tais dados parecem apontar para a ineficácia duma mortandade  chocante, muitas vezes de espécies em migração indispensável à  sobrevivência. A solução passa, necessariamente, pelo desenvolvimento de novos meios de prevenção. Esse é um desafio aos militantes ambientalistas que tanta energia consomem a apontar problemas e tão pouca gastam no estudo das soluções.
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