sábado, 30 de setembro de 2017

ÓH ÉGUA!

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A prática da segurança privada cresce cada dia que passa. Em 2008, havia 4.820 licenças para exercer a actividade de guarda-costas no Reino Unido. Hoje há 14.073.
De acordo com um consultor do ramo, Steve Allen, há dois tipos de clientes: os que precisam de segurança de facto, e os que querem "segurança cosmética" para parecerem importantes. Ambos aumentaram, mas o preocupante é que os primeiros são cada vez mais — desde jornalistas e actores, a simples testemunhas de casos de lana-caprina.
Uma das recentes utilizadoras de tais serviços chama-se Gina Miller.
E o que fez ela para precisar de protecção? Pois Miller contestou nos tribunais a competência do Governo de Sua Majestade de invocar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa para abandonar a União Europeia sem autorização do Parlamento. Tal e qual!
Gina Miller não denunciou o chefe de um gang de malfeitores dedicado a extorquir dinheiro através de chantagem, ou a raptar crianças de famílias ricas, ou um proxeneta de luxo. Gina Miller, no lugar próprio que são os tribunais, acusou o Governo de Sua Majestade de estar a cometer uma ilegalidade face a um tratado internacional; e a partir daí passou a ter necessidade de segurança pessoal paga pelo seu bolso.
Para quem não se lembra, recordo que estamos no Anno Domini 2017.
Óh égua!...

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