segunda-feira, 25 de setembro de 2017

PRÍNCIPE RENATO I

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Leio no SAPO.PT — com preocupação — que a Guarda Nacional Republicana deteve na Madeira o auto-intitulado 'Príncipe do Ilhéu da Pontinha' por este se ter oposto a uma ordem de execução judicial de encerramento de instalações. 
E acrescenta a notícia: " A história do ‘principado da Pontinha’ remonta a Agosto de 1903, quando o rei de Portugal, D. Carlos I, procedeu, mediante Carta Régia, à venda em hasta pública do Forte de São José, localizado num pequeno ilhéu junto ao porto do Funchal.
Quase cem anos depois, em Outubro de 2000, o imóvel foi adquirido por Renato Barros, sem este saber inicialmente que a Carta Régia documentava não só a venda da propriedade, como também o domínio do ilhéu. Foi assim que o professor decidiu auto-denominar-se ‘Príncipe do Ilhéu da Pontinha' — muito justamente, acrescento.
O ‘Principado’ teve já alguns episódios marcantes, como, por exemplo, em Fevereiro de 2017, quando José Manuel Coelho, deputado eleito à Assembleia Legislativa Regional, foi pedir "asilo político" ao auto-proclamado Príncipe, para fugir à prisão de um ano a que tinha sido sentenciado.
"Vim fugido da República Portuguesa porque me querem prender aos fins de semana", declarou José Manuel Coelho numa chegada encenada àquele rochedo, acrescentando: "A República Portuguesa pode roubar-me o salário e tudo o que tenho, mas não me pode roubar o sentido de humor e o desejo de liberdade".
Na altura, o deputado regional também exibiu um suposto bilhete de identidade "emitido e assinado pelo Príncipe Renato I".
Parece-me caso a merecer a atenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas
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