sábado, 30 de setembro de 2017

PABLO PICASSO

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COSMOLOGIA DE MEIA-TIGELA

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A Lua tem duas faces: a que vemos e a que está virada para o lado oposto, ou oculta. No nosso subconsciente, a primeira é clara, a segunda escura, o que está errado — a primeira é iluminada pelo Sol, a segunda não; assim é que é.
Na realidade, na face visível existem áreas mais escuras que correspondem a antigas depressões que foram preenchidas com magma de erupções vulcânicas, hoje extintas, magma que solidificou e escureceu — daí as manchas (figura de cima).
Na face oculta (figura de baixo) não ocorreram erupções vulcânicas, provavelmente porque a crosta lunar é mais espessa, e não houve lagos de magma que escureceram posteriormente. Voilà!
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ÓH ÉGUA!

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A prática da segurança privada cresce cada dia que passa. Em 2008, havia 4.820 licenças para exercer a actividade de guarda-costas no Reino Unido. Hoje há 14.073.
De acordo com um consultor do ramo, Steve Allen, há dois tipos de clientes: os que precisam de segurança de facto, e os que querem "segurança cosmética" para parecerem importantes. Ambos aumentaram, mas o preocupante é que os primeiros são cada vez mais — desde jornalistas e actores, a simples testemunhas de casos de lana-caprina.
Uma das recentes utilizadoras de tais serviços chama-se Gina Miller.
E o que fez ela para precisar de protecção? Pois Miller contestou nos tribunais a competência do Governo de Sua Majestade de invocar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa para abandonar a União Europeia sem autorização do Parlamento. Tal e qual!
Gina Miller não denunciou o chefe de um gang de malfeitores dedicado a extorquir dinheiro através de chantagem, ou a raptar crianças de famílias ricas, ou um proxeneta de luxo. Gina Miller, no lugar próprio que são os tribunais, acusou o Governo de Sua Majestade de estar a cometer uma ilegalidade face a um tratado internacional; e a partir daí passou a ter necessidade de segurança pessoal paga pelo seu bolso.
Para quem não se lembra, recordo que estamos no Anno Domini 2017.
Óh égua!...

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FANTASIA DOLICOCÉFALA

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DIPLOMOMANIA

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Mais de metade dos comandantes da ANPC tem licenciaturas suspeitas, diz a RTP.
De acordo com as conclusões do documento, a que a RTP teve acesso, 30 dos 70 dirigentes da ANPC concluíram as licenciaturas obrigatórias por lei sem recorrer a equivalências ou créditos.
Já os restantes 40, terminaram o curso com equivalências ou entregaram informação que não é possível aferir. Em resumo, 57% dos comandantes da ANPC "jogam" no clube do Zezito de Vilar de Maçada — sempre se ouviu dizer que o exemplo vem de cima et voilà.
Não se quer com isto dizer que uma licenciatura seja requisito fundamental para o exercício cabal de toda e qualquer actividade, nomeadamente a de responsável por uma área da protecção civil. Provavelmente, haverá pessoas muito pouco letradas capazes de o fazer muito mais eficazmente que doutorados. Mas o problema é formal.
Se alguém se lembra de plasmar na Lei, eventualmente mal, que é necessária a licenciatura para ser comandante da Protecção Civil, não se corrige a asneira "aldrabando" os currículos. No fundo é a péssima tradição de legislar com enorme grau de exigência para depois fechar os olhos a detalhes irrealistas dessa legislação, coisa frequente em Portugal, à beira-mar plantado.

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ÍNTERIM

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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

OS GRANDES VELEIROS

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UM HORROR

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Esta imagem ilustra a crueldade do mundo que é o nosso e está assim organizado: uma leoa devora uma girafa bebé, apenas com dias de idade, enquanto a mãe da vítima assiste impotente àquele horror. Não é uma guerra esporádica ou outra situação invulgar. É assim a vida normal, dir-se-á — é, de facto, mas não devia ser.
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NÃO HÁ PACHORRA !

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Na Grã-Bretanha está em estudo uma lei que proíbe, ou limita, o uso de fogões a lenha para aquecimento doméstico. De acordo com a Câmara Municipal de Londres, em Janeiro, os fogões contribuíram para metade das emissões tóxicas em algumas áreas da cidade.
Calcula-se que haja mais de 1,5 milhões de utilizadores desses fogões na Inglaterra e 200 mil são vendidos todos os anos. Ironicamente, alguns dos comentadores da notícia no "The Times" referem que construíram, não há muito tempo, residências, tendo sido aconselhados pelos municípios a instalar fogões a lenha, ao abrigo do movimento para utilização das energias renováveis. Lá como cá, é uma no cravo e outra na ferradura.
Um dos leitores da notícia pergunta, muito justamente: E quanto a flatulência? Vai ser proibido dar peidos?
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30 DIAS DO PORTO DE LISBOA — É O TURISMO ESTÚPIDO!

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Fonte: www.marinetraffic.com
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IMAGEM DO DIA

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Imagem de ressonância magnética de um coração fetal com 128 dias de gestação — as fibras coloridas representam as paredes dos ventrículos.


SOMOS INGRATOS

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O nosso planeta tem cerca de 4,54 milhares de milhões de anos. No princípio era só massa bruta, ou seja, matéria mineral. Em dado momento, surgiram as primeiras formas de vida, provavelmente muito simples, tipo bactérias ou coisa parecida. E como se pode saber quando isso aconteceu? A criatividade humana faz coisas que não lembram ao careca!
Como se sabe, o carbono, elemento omnipresente nos seres vivos, tem isótopos que diferem entre si pelo número de neutrões que têm no núcleo, sendo o de protões e electrões igual — são os isótopos do carbono. Acontece que na vida predomina o isótopo 12, enquanto na massa bruta, mineral, predomina o 13. Então, encontrar isótopo 12 em rochas, significa que essas rochas se formaram quando o carbono 12 já existia, sendo 
— pelo menos — contemporâneo dessa formação.
Desta forma, já foi encontrado carbono 12 em rochas com 3,8 milhares de milhões de anos no Quebeque e 4,1 milhares de milhões na Austrália.
Resumindo, podemos dizer que temos um planeta bem nosso amigo — mal se formou, começou logo a gerar vida. Merecia que o tratássemos melhor!
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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

ARTE MODERNA

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MONACO YACHT SHOW

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580 expositores participaram esta semana no Monaco Yacht Show.
Bonito!


ÍNTERIM

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1 KM e 200 METROS DE ENROLAÇÃO

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Leio que o despacho final da "Operação Marquês" está em vias de conclusão. O Procurador Rosário Teixeira, responsável pela acusação, terá elaborado um documento com 4.000 páginas.
Considerando que estamos a falar de páginas de formato A4, com cerca de 30 centímetros de altura, temos 120.000 centímetros no total, ou seja, 1 quilómetro e 200 metros de prosa — é muita prosa, mesmo descontando as partes formais e repetitivas que não servem para nada e são para passar à frente!
Tiro o chapéu ao Dr. Rosário Teixeira, com mister mais complicado que o do épico de "Os Lusíadas"; mas não posso deixar de prestar homenagem à personagem principal do enredo, Zezito de Vilar de Maçada, pela criatividade e capacidade de "enrolar". Anda todo o mundo enrolando, como diz Jô Soares, mas Zezito é o mestre dos enroladores: 1 quilómetro e duzentos metros de enrolação — É OBRA!
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SOBRETUDO, É BASÓFIA !

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O mapa que se mostra em cima ilustra um artigo de José Manuel Fernandes sobre o referendo na Catalunha, publicado hoje no "Observador". Nele se vêem assinaladas com cores diferentes as múltiplas línguas faladas na Europa. Naturalmente, diferentes línguas implicam diferentes características sociais, culturais, religiosas, políticas, económicas e sei lá que mais. Deve cada uma dessas regiões ser independente depois da História, ou seja, o tempo, o uso, as guerras, os costumes e por aí fora as terem integrado em nações com perfil global diferente, incluindo as condições económicas?
É isso que está em causa na Catalunha. Sendo um facto que a sua prosperidade económica é superior a grande parte do resto da Espanha, mesmo assim não parece ser esse o animus adjuvandi que move os catalães. O espanhol típico é um expoente de basófia e de auto-estima. Catalão é o expoente máximo dessa basófia e da hiper-super-auto-estima. Catalão sente-se humilhado ao ser governado por um galego, um andaluz, ou um asturiano — acima dele só outro catalão ou... Deus ! Tal e qual.
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UM DIA CHEIO

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Neste dia, 28 de Setembro, morreu Louis Pasteur, há 122 anos. Foi um dos três principais fundadores da Microbiologia, juntamente com Ferdinand Cohn e Robert Koch.
Também neste dia, em 1953, morreu o astrónomo americano Edwin Hubble que identificou as galáxias fora da Via Láctea, até então chamadas nebulosas; em 1905, Einstein publicou o artigo sobre a Teoria da Relatividade na revista Annalen der Physik; e nasceu Confúcio em 551 AC.

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quarta-feira, 27 de setembro de 2017

CLAUDE MONET

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ÍNTERIM

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FOTOGRAFIA DO DIA

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Richmond Park, Londres, 22-09-2017
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AS APARÊNCIAS ILUDEM

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Os corais são seres vivos, aparentemente imóveis.
Não é verdade — mexem-se e bem: depende do ponto de vista (literalmente).
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NÃO NOS TOMEM POR PARVOS

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[...] Os preconceitos étnicos e culturais existem, e devem ser condenados. Mas os comportamentos criminosos e anti-cívicos também existem, e é preciso que as autoridades sejam capazes de lidar com os indivíduos responsáveis, independentemente do grupo a que pertençam. No Reino Unido, vários gangs dedicados à exploração sexual de raparigas pobres escaparam durante anos à polícia por serem maioritariamente compostos de paquistaneses, e toda a gente, a começar por polícias e assistentes sociais, temer acusações de “racismo”. Como notou André Ventura, a “inclusão” não pode ser sinónimo de dispensa do cumprimento da lei, porque isso não é “inclusão”, mas o seu contrário, a “guetização”. O que sempre definiu os guetos foi precisamente estarem fora da lei comum. Isentar um grupo de deveres é o caminho mais eficaz para lhe negar direitos e o condenar à marginalidade. [...]
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Rui Ramos in "Observador"
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É MUITA FRUTA !

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1.439 nomeações para assessores e adjuntos é quanto rezam as contas do actual Governo no Diário da República. Ricardo Mourinho Félix, Secretário de Estado, já nomeou 42 pessoas.
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FRASE DO DIA

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terça-feira, 26 de setembro de 2017

EDOUARD MANET

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PERCEVEJOS, PULGAS, PIOLHOS


.Portugal está a ser invadido por percevejos "turistas". Miguel Esteves Cardoso ocupa-se disso, hoje, no "Público", e escreve a páginas tantas:

[...] Antes da invasão de 2017 só se conhece uma referência ao parasita nórdicoamericano. Foi feita por Bocage no século XVIII, com a queda para a boçalidade que o caracteriza, na décima em que glosa o verso Almas, vidas, pensamentos. Ela aqui está, com a preciosa ajuda de Paulo Neves da Silva:



..........Calções, polainas, sapatos,

..........Percevejos, pulgas, piolhos,

..........Azeites, vinagres, molhos,

..........Tijelas, pires e pratos,

..........Cadelas, galgos e gatos,

..........Pauladas, dores, tormentos,

..........Burros, cavalos, jumentos,

..........Naus, navios, caravelas,

..........Corações, tripas, moelas,

..........Almas, vidas, pensamentos.

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Nem mais.
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UM MINISTRO CHAMADO LOPES

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(CLIQUE NA IMAGEM PARA OUVIR)
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FRASES QUE FICAN NA HISTÓRIA

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ERRATA

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Segundo o Instituto Cervantes, no mundo, há 560 milhões de pessoas que falam espanhol. O cálculo está errado! Com Jesus, são 560 milhões e 1.
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 560.000.001
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PORTA-AVIÕES "USS CARL VINSON"

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Imponente!
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PÓLVORA SEM FUMO

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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

ALEXANDER VON HUMBOLDT II

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OS RESTOS DE JESUS

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José António Saraiva é um bom jornalista. Escreve bem, é sensato e bem informado. Mas não há bela sem senão: Saraiva é do Sporting — e com isso descarrila.
Agora descobriu que o Benfica talvez tenha ganho os dois últimos campeonatos graças ao Jesus, não o propriamente dito, mas ao Jorge que está agora no Sporting.
E uma dúvida assalta Saraiva: será que Rui Vitória, tal como Domingos Paciência no Braga, beneficiou do trabalho de Jesus – e agora o Benfica começa a descer à Terra?
Isto é, Jesus faz grandes equipas e os outros treinadores aproveitam os restos. Só que no Sporting, por enquanto, nem grande equipa, nem restos...eh...eh...eh...


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A ARTE MORIBUNDA DE DISCORDAR

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Para discordar correctamente, primeiro é preciso compreender correctamente. Isto disse um americano chamado Bret Stephens numa conferência intitulada "A Arte Moribunda  de Discordar".
Entre outras coisas, que pode ler aqui, refere:

Dizer a palavra concordo — seja aderir a uma organização, aceitar uma autoridade política, converter-se a uma fé religiosa — pode ser a base de qualquer comunidade.
Mas dizer discordo, recuso, está errado, são palavras que definem a nossa individualidade, nos dão liberdade, honram a tolerância, alargam a nossa perspectiva, dão força ao progresso, apuram a atenção, fazem a democracia real e dão alento e esperança a povos oprimidos em qualquer parte. E o problema, como o vejo, é que estamos a falhar esse objectivo.

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Platão e Aristóteles
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O PORTO E AS SUAS CORES

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O ZAP.aeiou publica hoje uma notícia sobre o alojamento de curta duração que não interessa mais que a da fuga dos chatos para o Egipto. Mas acompanha-a de uma imagem de se lhe tirar o chapéu que, penso, será da Ribeira do Porto e O Dolicocéfalo reproduz com gosto. Aí vai:
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PRÍNCIPE RENATO I

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Leio no SAPO.PT — com preocupação — que a Guarda Nacional Republicana deteve na Madeira o auto-intitulado 'Príncipe do Ilhéu da Pontinha' por este se ter oposto a uma ordem de execução judicial de encerramento de instalações. 
E acrescenta a notícia: " A história do ‘principado da Pontinha’ remonta a Agosto de 1903, quando o rei de Portugal, D. Carlos I, procedeu, mediante Carta Régia, à venda em hasta pública do Forte de São José, localizado num pequeno ilhéu junto ao porto do Funchal.
Quase cem anos depois, em Outubro de 2000, o imóvel foi adquirido por Renato Barros, sem este saber inicialmente que a Carta Régia documentava não só a venda da propriedade, como também o domínio do ilhéu. Foi assim que o professor decidiu auto-denominar-se ‘Príncipe do Ilhéu da Pontinha' — muito justamente, acrescento.
O ‘Principado’ teve já alguns episódios marcantes, como, por exemplo, em Fevereiro de 2017, quando José Manuel Coelho, deputado eleito à Assembleia Legislativa Regional, foi pedir "asilo político" ao auto-proclamado Príncipe, para fugir à prisão de um ano a que tinha sido sentenciado.
"Vim fugido da República Portuguesa porque me querem prender aos fins de semana", declarou José Manuel Coelho numa chegada encenada àquele rochedo, acrescentando: "A República Portuguesa pode roubar-me o salário e tudo o que tenho, mas não me pode roubar o sentido de humor e o desejo de liberdade".
Na altura, o deputado regional também exibiu um suposto bilhete de identidade "emitido e assinado pelo Príncipe Renato I".
Parece-me caso a merecer a atenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas
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VASQUINHO'S BRIDGE

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domingo, 24 de setembro de 2017

PINTURA MODERNA

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SOBREVIVER AO APOCALIPSE

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O Presidente Trump ameaça destruir a Coreia do Norte. Outro furacão ocorre. Um segundo terramoto monstruoso atinge o México. Terroristas atacam em Londres. E tudo isto acontece numa semana, ou pouco mais.
É verdade, o mundo caminha para o fim. Mas há alguma coisa que se possa fazer?
Esta não é uma questão filosófica ou teológica. E, se acha que precisa de explicação, pode deixar de ler isto, já.
Assim começa um artigo cheio de humor escrito por Alex Williams no The New York Times de hoje. Pode  aceder à peça clicando na imagem publicada em cima que ilustra o artigo.

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ANTÁRTIDA — A SERENIDADE

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