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Na primeira noite, eles aproximam-se E colhem uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
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Este poema, circula na Net há anos e tem sido atribuído ao poeta russo Wladimir Maiakovsky. Há quem conteste tal autoria e o atribua ao brasileiro Eduardo Alves da Costa (foto da direita), incluído originalmente no seu livro “O TOCADOR DE ATABAQUE”, lançado em São Paulo no ano de 1969. Não sei, e pouco me importa, quem é o autor. O importante é o aviso: assim se instalaram ferozes ditadores no poder - Hitler, Stalin, Kim Jong-il, Mugabe, Kadafi, Sadam e muitas outras bestas.
Não conheço, naturalmente, o original e não sei se o aspecto gráfico é o que reproduzo. Tem pouco interesse isso porque não modifica o conteúdo, que é importante até na actual situação portuguesa.
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