Tozé Seguro—bom tipo, mas um nabo—foi corrido em pêlo, sem
ética republicana e à Judas, pelo inspirado autarca de Lisboa, homem de poucas
palavras e nenhuma ideia. Tozé não descolava dos incapazes da coligação que pela graça de Deus nos governa e levou um chuto no cu por isso.
Portou-se com dignidade, acrescente-se.
Costa—assim se chama o herói desta história—tomou o timão
do PS em mãos e a esperança desabrochou na Ordem da Jarreteira do Largo do Rato.
Em Outubro, as intenções de voto no PS eram de 45% e as da coligação 32%. Mas
um líder partidário tem de falar, para falar é preciso ter ideias e ideias é
coisa que escasseia na cabeça de Costa. Pressionado, contudo, pelos estrategas
do partido, Costa falou. E cantou a tempo—oito meses e alguns discursos depois de Outubro, segundo a Universidade Católica, especialista em inflaccionar intenções
de voto no PS, Costa desceu para 37% e a coligação de lázaros subiu para 38%.
Um sucesso retumbante!
Se as coisas correrem bem, nas eleições vai ser
pior. Costa tem de fazer como Jerónimo e arranjar uma afonia salvadora. E
talvez pedir a Seguro para lhe dar uma mão. Se bem conheço Tozé, é homem para o
fazer e convencer Costa a estar calado.
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