Se no passado se vê o futuro, e no futuro se vê o passado,
segue-se que no passado e no futuro se vê o presente, porque o presente é
futuro do passado, e o mesmo presente é o passado do futuro.
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Autor: Pe. António
Vieira
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Uma geração que consente deixar-se representar por um regime como este é uma geração que
nunca o foi! É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de
charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!Morra o regime, morra! Pim!
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Autores: Herdeiros de Almada Negreiros
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David
Marçal é um homem da Ciência, humorista, divulgador e muitas mais
coisas, entre as quais blogger — "Cientistas de Pé". Hoje escreve no "Público" sobre as vacinas, tema do momento. Diz a
páginas tantas o que se transcreve a seguir porque todos devemos contribuir, de
acordo com o que podemos, para divulgar mensagens como a de David Marçal:
[...]
A Direcção-Geral da Saúde e vários médicos têm alertado (e bem) para a
necessidade da vacinação. Felizmente que a recusa das vacinas não tem no nosso
país a expressão trágica de outros (que nos pode afectar pela importação de
focos de contágio).
Mas
a sensibilização para as vacinas deve enquadrar-se também à luz da avalanche
legislativa que nos últimos anos contribuiu em Portugal para credibilizar os terapeutas
alternativos, que atrás nos seus consultórios vendem impunemente mentiras
acerca das vacinas e “vacinas alternativas”.
O
primeiro decreto-lei, assinado em 2003 pelo primeiro-ministro Durão Barroso, enquadra
legalmente as terapias alternativas e obriga, na prática, à sua regulamentação.
Seguiu-se a publicação de um conjunto de portarias delirantes que definem as
terapias alternativas como “abordagens holísticas, energéticas e naturais do
ser humano”, falam em “desarmonias energéticas”, “redes de meridianos” e outras
coisas que não significam nada.
Mas
prevêem que estes terapeutas mágicos sejam credenciados e possam pendurar nas
paredes dos consultórios respeitáveis cédulas profissionais emitidas pela administração
central do sistema de saúde. Outro conjunto de portarias alucinogénicas
governamentais, de 2014, definiu os conteúdos programáticos para as
licenciaturas em terapias alternativas, em coisas como a auricoloterapia (a
ideia de que o pavilhão auricular é como uma boneca vudu em que cada ponto
corresponde a uma parte do corpo) e a iridologia (o mesmo nos olhos). Toda esta
legislação que contribui para dar indevidamente crédito a quem aconselha
a não vacinar deveria ser já revogada. No Orçamento do Estado de 2017, e com
base nesta cangalhada legal, o BE, PSD, CDSPP e o PAN aprovaram a isenção de IVA
para as terapias alternativas, com efeitos retroactivos, o que é um incentivo
público aos movimentos antivacinas. O actual enquadramento legal das vacinas
pressupõe uma percepção pública dos perigos das doenças infecciosas. Essa
percepção está a mudar, paradoxalmente, face ao sucesso das vacinas. Está na altura
de pensarmos numa lei de vacinação obrigatória, pelo menos para algumas
vacinas, e com penalizações associadas. Há vários países com leis desse tipo.
Não estou certo de que a vacinação deva ser
obrigatória para frequentar a escola, uma vez que a escolaridade também é
obrigatória. Mas pode-se aplicar instrumentos de coacção legal aos pais que
recusam vacinar os filhos. Porque não, não é uma decisão individual. É uma responsabilidade
colectiva e dela depende a segurança de todos.
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Aqui fica para memória futura; cumprido o dever.
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