Investigadores chineses encontraram fitolitos da
planta do arroz, com quase 10.000 anos, nas margens do Rio Iangtze, onde
provavelmente caçadores-recolectores terão abandonado a vida nómada e assentado
arraiais.
Os fitolitos, fósseis da planta, são fragmentos de
sílica "feitos" por ela para auto-defesa e para resistir ao tempo. Têm de ser retirados
da terra, lavados e aquecidos lentamente até ficarem em pó. Depois é feita a
datação pelo carbono-14. Os mais antigos encontrados são de há 9.400 anos.
Tal arroz era completamente diferente do actual ("domesticado"),
que tem grãos maiores e é base da alimentação — às vezes quase única — de
metade da Humanidade! Não em Portugal, onde a batata é muito importante. Os
militares europeus em Timor, nos anos 60, chamavam ao arroz "batata chinesa" e, a maior parte deles, presumo, nunca mais deve ter comido um grão no resto da vida.
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