Simon Rattle ou os Beatles). O populismo da classe dirigente portuguesa, toda ela, nunca desceu tão baixo. A pressa em roçar-se pela fama de um pobre cantor indefeso e desarmado mostra bem quem é esta gentinha da política, que Portugal inteiro despreza. Por um voto e um pouco de presuntiva simpatia, roubada ao próximo, vende unanimemente a sua dignidade e a dignidade das suas funções. O carácter, para ela, não passa de uma ficção. Agora sabemos quem nos governa.
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Vasco Pulido Valente in "Observador"
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Toda a Europa deve rir-se do "nosso" provincianismo, digo eu — uso aspas porque me excluo do fenómeno. Infelimente, não posso evitar as ridículas e lamentáveis cenas públicas de Marcelo, a acudir a desastres aéreos, a passear descalço em Cascais, a beber copos de três em tascas sebentas, ou a usar chapéus e roupas ridículas. A mim, e a todos os portugueses de bom senso — espero —, impressiona a ligeireza com que Marcelo apouca a imagem do Chefe de Estado de que não vai ser o último titular. Em nome de futuros Presidentes da República, deste modesto lugar envio um apelo: porte-se com um mínimo de dignidade e não envergonhe Portugal. O seu populismo demagógico arrasa o mérito de mais de três Europeus de futebol, ou vinte prémios da Eurovisão.
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