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Para a estranha relação entre Trump e a
Rússia nunca houve explicação clara. O mais provável seria tratar-se duma
aproximação de conveniência entre o Presidente e Putin; não de uma aliança.
Contudo, na última semana, surgiram sinais de que existirá aliança, ou coisa
próxima.
Na viagem à Europa, Trump comportou-se
como defensor dos interesses de Putin. E, depois do regresso a Washington,
soube-se da tentativa do seu genro e conselheiro estabelecer um canal de comunicação
secreto com a Rússia de Putin. Há, neste momento, vários jornalistas
especializados a escrever sobre isso.
Anne Applebaum, no The Washington Post,
acerca da deterioração na relação EUA/Europa, escreve: "O Governo Russo, que
sempre quis ver os EUA fora da Europa, está satisfeitíssimo."
David Frum, no The Atlantic, diz:
"Desde 1945, o principal objectivo estratégico da URRS — e depois da
Rússia — na Europa foi deteriorar a
aliança EUA/Alemanha. Trump conseguiu-o".
Josh Marshall, no Talking Points Memo, escreve
que "devíamos preocuparmo-nos menos com o porquê da aliança de facto de Trump e Putin contra a Europa
e mais com as suas consequências". E acrescenta: "O aspecto importante
é que os dois parecem ter objectivos comuns".
E Max Fisher, num tweet, começa assim:
"Quando me encontrei com líderes alemães, em Janeiro, eles estavam já a
preparar-se para a possibilidade da ruptura
com os EUA".
A Europa não pode ser eternamente um protectorado dos Estados Unidos, nem estes a nossa babysitter. É verdade. Mas deixar ao cuidado de um alarve como Trump a condução do processo, está mesmo a ver-se que dá bota. Pior que o elefante na feira das louças.
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