terça-feira, 17 de abril de 2018

ONDAS GRAVÍTICAS

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Em 2016, cientistas conseguiram registar ondas gravíticas no espaço desencadeadas pelo embate e fusão de dois buracos negros que, como é sabido, correspondem a antigas estrelas cujo combustível (hidrogénio) findou e colapsaram, daí resultando corpos com dimensões relativamente pequenas, mas colossal massa. Tais ondas ocorrem no tecido espaço/tempo, representadas na figura a azul, como ocorre quando duas pedras chocam no interior da água, para dar um exemplo simples. 

Agora, Abril de 2018, foi a vez de investigadores europeus registarem as mesmas ondas geradas pela rotação de uma estrela de neutrões e passo a explicar, para quem não sabe, o que é a estrela de neutrões.
Como referido atrás, quando acaba o hidrogénio de uma estrela, acaba o circo: deixa de haver fusão do hidrogénio para formar hélio e produzir quantidades colossais de energia e a estrela colapsa sobre si própria. A massa é muita e o volume pouco, de tal modo que a gravidade é imensa. Tal facto "esmaga" os átomos existentes, empurra os electrões para dentro dos núcleos e estes fundem-se com os protões ali residentes, daí resultando neutrões. A partir de certa fase, só há neutrões no que resta da estrela e está formada o que chamamos estrela de neutrões, eventualmente a caminho de buraco negro.
As estrelas de neutrões, por razões que ignoro, têm rápido — rapidíssimo — movimento de rotação e, como não têm superfície regular e lisa, criam ondas gravíticas no seu atrito com o tecido espaço-tempo, agora registadas pela primeira vez.
Perguntar-se-á o que isso interessa para a felicidade das pessoas e, em boa verdade, não contribui muito. Mas tem piada para quem gosta destas coisas.
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