Fidel de Castro está velho, esteve doente a ponto de quase morrer, e sabe que não o esperam muitos anos de vida. Subitamente, ficou moderado e sensato, ou pelo menos o que pensa ser moderado e sensato. Há dias, pediu desculpa aos homossexuais pelo modo injusto como a revolução cubana os havia tratado. Recentemente, tem feito declarações inesperadas, como a resposta à pergunta do jornalista Jeffrey Goldberg, sobre se ainda acreditava que o modelo cubano devia ser exportado: o modelo cubano já nem para nós serve, respondeu.
Mas, apesar da frase ter sido empolada pela comunicação social de todo o mundo, Fidel disse coisas bem mais surpreendentes na conversa com o jornalista – por exemplo acerca dos judeus e do anti-semitismo. Nas cinco horas de conversa, falou repetidamente sobre Mahmoud Ahmadinejad, Presidente do Irão, e deixou-lhe uma mensagem. Disse que o governo iraniano devia perceber as consequências do anti-semitismo teológico, que durou dois mil anos. Como consequência, os judeus sofreram como ninguém: foram expulsos da sua terra, perseguidos e maltratados em todo o mundo, por serem os que mataram Deus. Os judeus viveram uma existência muito mais dura que a nossa, disse, e o Holocausto não se compara com nada parecido: acha mal que Ahmadinejad o negue. Perguntado se diria tal coisa ao Presidente iraniano, respondeu que o estava a dizer ao jornalista e este podia comunicar-lho.
Falou mais, nomeadamente sobre a crise dos mísseis em Cuba, a que voltarei em nova ocasião. Sempre com conversa mole, sensata e moderada, mostrando mudança. A retórica revolucionária foi pelo cano abaixo – era coisa para povão consumir. Na ponta final, soa-lhe a bafio: até a ele!
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Mas, apesar da frase ter sido empolada pela comunicação social de todo o mundo, Fidel disse coisas bem mais surpreendentes na conversa com o jornalista – por exemplo acerca dos judeus e do anti-semitismo. Nas cinco horas de conversa, falou repetidamente sobre Mahmoud Ahmadinejad, Presidente do Irão, e deixou-lhe uma mensagem. Disse que o governo iraniano devia perceber as consequências do anti-semitismo teológico, que durou dois mil anos. Como consequência, os judeus sofreram como ninguém: foram expulsos da sua terra, perseguidos e maltratados em todo o mundo, por serem os que mataram Deus. Os judeus viveram uma existência muito mais dura que a nossa, disse, e o Holocausto não se compara com nada parecido: acha mal que Ahmadinejad o negue. Perguntado se diria tal coisa ao Presidente iraniano, respondeu que o estava a dizer ao jornalista e este podia comunicar-lho.
Falou mais, nomeadamente sobre a crise dos mísseis em Cuba, a que voltarei em nova ocasião. Sempre com conversa mole, sensata e moderada, mostrando mudança. A retórica revolucionária foi pelo cano abaixo – era coisa para povão consumir. Na ponta final, soa-lhe a bafio: até a ele!
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