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A cerca de 50 km de Joanesburgo foi encontrada
uma cave com um estreito buraco a servir de entrada e onde "moravam"
1.500 fragmentos de ossos, correspondentes a 15 esqueletos muito semelhantes ao
nosso — de Homo sapiens, ou de Homo trumpi desde há alguns meses —
apenas com discretas diferenças nos dedos e no tamanho do crânio — mais pequeno
—, o que permite concluir serem de hominídeos com cérebro menor que o nosso e
que passaram a ser conhecidos colectivamente por Homo
naledi. Uma trapalhada!
Devem ter vivido há 250.000 anos, mais coisa,
menos coisa, talvez coisas grandes mas não interessa. O evidente é que já "enterravam os mortos",
prática que os arqueólogos tomam como referência importante quando avaliam o
estado evolutivo de povos muito antigos. E, dada a idade estimada, é muito
provável que tenham sido, por período indeterminado, contemporâneos dos nossos
ancestrais, ou seja, conviveram.
O esforço agora é perceber qual o tipo de
convivência havida. Iam juntos ao futebol, ou havia uma Liga para cada espécie?
Em caso de uma Liga só, como nomeavam os árbitros? Era o árbitro principal e um
juiz de linha duma espécie e o outro juiz e o quarto árbitro da outra? Ou
utilizavam exclusivamente o vídeo-árbitro?
E em
matéria de intimidade? Havia acasalamento interespécies, como acontecia com o Homem
de Neanderthal? E, se havia, como se chamavam os descendentes? Isto é, eram
considerados mestiços? A descriminação racial começou aí, ou só mais tarde? E a
pergunta que acho ter resposta fácil: somos portadores de ADN desses janotas? E,
em caso afirmativo, que é que é nosso que também era deles?
Mas vou
ficar por aqui, caso contrário, amanhã ainda estou a fazer perguntas ao vento.
Se algum incauto me está a ler e souber as respostas, agradecia que me mandasse
um fax com urgência. Se possível, antes do Benfica festejar o tetra porque
nessa altura vou estar muito ocupado.
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