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Dizem os jornais que a popularidade do Presidente está a diminuir. É possível que sim. Não porque Marcelo tenha mudado mas, paradoxalmente, porque não muda. Marcelo cultiva o estilo do popularucho simpático, capaz de tocar o bombo na roda do grupo folclórico, de dirigir o trânsito no lugar do polícia sinaleiro, ou de beber um copo de três numa tasca, frente às câmaras da televisão. Tudo engraçado, por inesperado ― mas por quanto tempo?
Estou certo que Marcelo é o melhor e mais esclarecido Presidente que tivemos desde o 25 de Abril, especialmente pela forma como condiciona a convivência entre os partidos, no meio de uma trapalhada chamada “Geringonça”. Poucos, ou nenhum, dos Presidentes que tivemos desde a Revolução dos cravos o teria conseguido, estou certo. Mas não é isso que atrai os eleitores. E o enorme consenso referido em cima vai-se dissolvendo com a repetição de mini-demagogias ridículas sem as quais passávamos todos melhor..
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