quarta-feira, 1 de maio de 2019

QUANDO A CONSTITUIÇÃO É UMA COMPLICAÇÃO

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É sabido que ases masculinos do desporto, em geral e sem recorrer ao dopping, atingem marcas superiores às ases femininas. E porquê? ― É a testosterona, pá! Uma das formas de dopping é  aumentar de forma duradoura a concentração sérica de testosterona ou similares. Até aqui é tudo fácil mas, daqui para a frente, as coisas complicam-se ― imagine que há mulheres com concentrações de testosterona próximas, mesmo iguais, à média masculina sem fazerem nada para isso.
Falo nisto e não estou a fazê-lo porque sonhei, anteontem à noite, com uma atleta a injectar-se com água do Luso e a ganhar a Maratona no dia a seguir. Falo porque uma atleta sul-africana, de sua graça Caster Semenya, com 28 aninhos, duas vezes campeã olímpica dos 800 metros, viu serem-lhe retirados os títulos por ter níveis elevados de hormonas masculinas no sangue, embora não haja nenhuma prova que tenha feito algum truque para isso.
É matéria complicada esta e muito discutível; e explico porquê ― ao aceitar tal critério, teremos então de marcar um limite para a altura dos jogadores de basquetebol ou voleibol, de comprimento do membro superior para os atiradores de esgrima, de calosidade no rabo para os ciclistas, de tamanho dos pés para os nadadores e rebabá.
Como resolver o problema???... Não sei!!!... Para sugerir a administração de medicamentos a fim de baixar as concentrações séricas de hormonas, como alguns fazem, é melhor ficar calado.
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