O acidente da BP no Golfo do México não provocou só a morte de onze operários, a paralização do trabalho dos pescadores da Baía de Saint-Louis, o impacto ambiental tremendo, a morte dos pelicanos castanhos, e por aí fora. Foi causa da iminência de ruína de muita gente dependente dos fabulosos dividendos distribuídos pela BP aos accionistas – 8,4 mil milhões de euros anuais -, nomeadamente investidores chineses e fundos de pensões que financiam os aposentados britânicos.
Os americanos estão a aplicar à BP multas de 4.300 dólares por cada barril de petróleo derramado (159 litros) e os investimentos na companhia, sob a forma de acções, já caíram 48% desde o desastre. É a consternação dos reformados, como se compreende.
Irónico que milhões de assalariados desejosos de segurança económica depois de muitos anos de trabalho, estejam agora a fazer força e a “puxar” por uma empresa pouco ética que destruiu a vida e o emprego de outros assalariados.
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