terça-feira, 27 de julho de 2010

A OBSESSÃO DA SEGURANÇA


Nos Estados Unidos, depois do 11 de Setembro, a segurança tornou-se obsessão. Os números a seguir dão ideia do quadro.
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Cerca de 1.271 organizações governamentais e 1.931 companhias privadas trabalham em programas de contra-terrorismo, segurança interna e informação, em 10.000 localizações em todo o País.
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Perto de 854.000 pessoas – 1,5 vezes a população de Washington – têm credenciais para serviços ultra-secretos.
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Em Washington e subúrbios, 33 edifícios para actividades de informação estão em construção, ou foram construídos, desde Setembro de 2001. Em conjunto, ocupam área 3 vezes superior à do Pentágono e 22 vezes a dos edifícios do Capitólio – à volta de 1,5 milhões de metros quadrados.
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Muitas agências de informação e segurança fazem o mesmo trabalho, criando fenomenal redundância e desperdício. Por exemplo, 51 organizações federais e comandos militares, a operar em 15 cidades, acompanham os movimentos financeiros das redes terroristas.
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Os analistas que interpretam documentos e conversas obtidos e registadas por agentes de espionagem no estrangeiro e no País, trocam os resultados através da publicação 50.000 relatórios anuais, volume tão grande que, por rotina, muitos são ignorados.
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Em resumo, a segurança nos Estados Unidos padece do mal que aflige o cidadão actual: exceso de informação, muita da qual merece as maiores reservas – facto evidente para quem frequenta a Internet.
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