De acordo com crónica de Maria José Nogueira Pinto no DN, D. Carlos de Azeredo, bispo auxiliar de Lisboa, terá dito ou escrito que os políticos católicos deveriam contribuir com 20% do vencimento para o fundo de solidariedade da Igreja Católica. Fiquei a saber que tal obrigação moral representa uma forma de penalização dos políticos, porque não se aplica a outras actividades que geram proventos aos católicos.
Não me apetece defender políticos de todo; sejam católicos, muçulmanos, cientologistas, testemunhas de Jeová, agnósticos, ateus, ou o que quer que sejam. Mas porque penaliza D. Carlos os políticos? A Igreja pode tê-los em fraca conta - eu também - com necessidade de começar já a expiar culpas, ainda quando estão no exercício das ditas. Seja como for, para a Igreja o exercício do poder político, sendo necessidade e obrigação, incluindo dos seus fieis, parece constituir factor inescapável de conspurcação das almas. A tributação do salário é o cilício do Século XXI. Espera-se que não seja o regresso da mercantilização das indulgências de Leão X.
Não me apetece defender políticos de todo; sejam católicos, muçulmanos, cientologistas, testemunhas de Jeová, agnósticos, ateus, ou o que quer que sejam. Mas porque penaliza D. Carlos os políticos? A Igreja pode tê-los em fraca conta - eu também - com necessidade de começar já a expiar culpas, ainda quando estão no exercício das ditas. Seja como for, para a Igreja o exercício do poder político, sendo necessidade e obrigação, incluindo dos seus fieis, parece constituir factor inescapável de conspurcação das almas. A tributação do salário é o cilício do Século XXI. Espera-se que não seja o regresso da mercantilização das indulgências de Leão X.
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