sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

"CHALLENGER DEEP"

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O “Center for Coastal and Ocean Mapping” (CCOM), dos Estados Unidos, fez o mapeamento completo da fronteira da placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas, que tem cerca de 2.500 km de comprimento. Tal fronteira inclui o lugar mais profundo de todos os oceanos e a sua profundidade foi agora medida com o maior rigor de sempre, usando sonares de navios hidrográficos que permitem “varrer” o fundo do mar perpendicularmente à marcha do navio. O “Challenger Deep”, ou Desafio Profundo, encontra-se a 10.994 metros da superfície e foi visitado uma única vez, em 1960, por Don Walsh e Jacques Piccard, a bordo do batiscafo “Trieste”.
É extraordinário que tal região fique a maior profundidade que a altitude do ponto mais alto da Terra, o Monte Evereste. Local importantíssimo do ponto de vista geológico, por estar na fronteira de duas placas tectónicas, das Filipinas e do Pacífico, fronteira com fenómenos fascinantes de subducção.
Chama-se subducção ao fenómeno da entrada de uma das placas por baixo da outra, neste caso da do Pacífico por baixo da das Filipinas. Naturalmente que as montanhas da placa que entra para baixo são um obstáculo ao movimento dessa placa. As observações mostram que tais relevos são em parte arrasados, ficando grandes quantidades de material depositado na vizinhança da fronteira: um tipo de terraplanagem tectónica, ou gigante, melhor dizendo.
Neste momento, encontra-se em organização uma “corrida” de quatro empresas para ver quem chega primeiro, e de novo, ao Challenger Deep”.  Evidentemente, sendo um feito extraordinário chegar a tal local, não se compara com o de Walsh e Picard, que chegaram lá sem informação do perfil geológico do local, se compararmos com o que se passa hoje, e sem os recursos técnicos actuais – gente de barba muito rija! 
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