O “Center for
Coastal and Ocean Mapping” (CCOM), dos Estados Unidos, fez o mapeamento
completo da fronteira da placas tectónicas do Pacífico e das Filipinas, que tem
cerca de 2.500 km de comprimento. Tal fronteira inclui o lugar mais profundo de
todos os oceanos e a sua profundidade foi agora medida com o maior rigor de
sempre, usando sonares de navios hidrográficos que permitem “varrer” o fundo do
mar perpendicularmente à marcha do navio. O “Challenger Deep”, ou Desafio
Profundo, encontra-se a 10.994 metros da superfície e foi visitado uma única
vez, em 1960, por Don Walsh e Jacques Piccard, a bordo do batiscafo “Trieste”.
É extraordinário
que tal região fique a maior profundidade que a altitude do ponto mais alto da Terra, o
Monte Evereste. Local importantíssimo do ponto de vista geológico, por estar na
fronteira de duas placas tectónicas, das Filipinas e do Pacífico, fronteira com
fenómenos fascinantes de subducção.
Chama-se subducção
ao fenómeno da entrada de uma das placas por baixo da outra, neste caso
da do Pacífico por baixo da das Filipinas. Naturalmente que as montanhas da
placa que entra para baixo são um obstáculo ao movimento dessa placa. As
observações mostram que tais relevos são em parte arrasados, ficando grandes
quantidades de material depositado na vizinhança da fronteira: um tipo de
terraplanagem tectónica, ou gigante, melhor dizendo.
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