O jornal “i”
publica hoje uma longa entrevista com Maria Filomena Mónica. À pergunta “Como
avalia o desempenho da oposição”, responde assim:
A oposição desapareceu. O PS não existe, nem sei o que é
aquilo. O líder não tem carisma, não sabe o que há-de fazer, está condicionado
pelo acordo com a troika. E sucede a um delinquente político chamado Sócrates,
o pior exemplo que jamais, na História de Portugal, foi dado ao país: ir para
Paris tirar um curso de “sciences po”, depois daquela malograda licenciatura –
à qual não dou a menor importância, pois há muitos excelentes políticos que não
são licenciados. O engenheiro Sócrates foi o pior que a política pode produzir.
Depois de tantos processos em que mentiu, aldrabou, não depôs, ninguém percebeu
o que se passou com o Freeport, os portugueses perguntam-se onde foi ele buscar
dinheiro para estar em Paris. Quem é que lhe paga as despesas e o curso? A esquerda
socialista tem ali este belo exemplar a viver no 16ème, e um sucessor que não
inspira ninguém. O PCP vive num mundo antes da queda do Muro de Berlim, e o
Bloco de Esquerda habita em Marte.
Não acrescento nada. Subscrevo as palavras de Maria
Filomena Mónica, embora isso seja irrelevante. E presto-lhe homenagem
porque já há pouca gente a falar claro.
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(Agradeço a J. Castro Brito, que me mandou a entrevista)
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