Vasco Lourenço, capitão de Abril, consagrado politólogo e inspirado tribuno, hoje orou. Orou no Rossio. Disse Lourenço que os eleitos já não representam a sociedade portuguesa. Nem o Presidente da República, nem o Governo, nem os deputados e, previsivelmente, nem os presidentes de câmara, presidentes de juntas de freguesia, presidente do Futebol Clube do Porto, presidente do Benfica, presidente do Sporting e por aí fora – todos os eleitos, em suma. O “Expresso” on line diz que o discurso de Lourenço estava escrito à pena, podendo então afirmar-se que, com uma penada, Lourenço arrasou os eleitos deste País.
Ficou a Nação inquieta com as palavras de Lourenço? Vem aí outra revolução? pergunta o gentio. – Não vem: “Os problemas da democracia resolvem-se em democracia e não nos arvoramos em salvadores da Pátria”, foram as palavras tranquilizadoras deixadas por Lourenço ao povo de Portugal e além-mar, ou melhor, de Portugal continental e insular.
Lourenço é um líder. Um condutor de homens (e mulheres
também). Um mestre do verbo. Com a palavra destrona imperadores, ditadores, regedores
e abusadores, que é o caso dos actuais eleitos: são uns abusadores! Mas cuidado,
que Lourenço está atento! E já avisou: “Temos de vencer o medo, a apatia, e as
inevitabilidades”. Há medo. Há apatia. Não devia haver, mas há. É
compreensível. Mas inevitabilidades, isso não! Lourenço está lá e acaba com
elas.
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