Já falámos em tempos do conceito de recursão a respeito da linguagem. Varia com a área em que é usado. Em ciência, arte e tecnologia, é o processo de repetir temas, ou itens, não necessariamente de
forma igual, mas semelhante. Conceito relativamente recente e muito em voga, porque
o processo é usado em computação; mas é praticado desde os tempos mais antigos,
sobretudo na arte e na Matemática. Diz-se que uma estrutura é recursiva se a forma do todo
se repete na forma das partes.
Na arte, há muitos exemplos, sendo
Piet Mondrian considerado um clássico da pintura recursiva, de que se mostra um
quadro imediatamente abaixo. Mas há outros menos lineares, como a floresta a seguir.
Ainda assim, não é nesses casos que estão as raízes clássicas
da recursão na arte. A melhor e mais consistente estrutura recursiva da
história da arte é o estilo gótico, com os primórdios no Século XIII. Na entrada deste post,
vemos um quadro que exemplifica o desenvolvimento da recursão no planeamento
dum edifício gótico.
Curiosamanente,
os historiadores de arte raramente se referem à estrutura recursiva,
perdendo-se em descrições das características da arte gótica e barroca,
descrições que não são mais que modalidades toscas e pessoais de falar de
estruturas recursivas; estruturas que, em boa verdade, porque não conhecem, não
reconhecem. É o problema clássico das duas culturas de que falava C.P. Snow.
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