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Na história da Terra observaram-se interacções múltiplas
entre a vida e a matéria inorgânica, ou seja, a superfície do planeta foi em
grande parte moldada pela vida e a evolução desta condicionada pelo ambiente. O
exemplo mais nítido e flagrante é observado na atmosfera. Actualmente, existe
no ar cerca de 21% de oxigénio e 0.03% de dióxido de carbono. Mas nem sempre
foi assim: nos primeiros 2 mil milhões de anos, o oxigénio era escasso, ou nem
sequer existia, e o dióxido de carbono era muito mais abundante que actualmente.
O que fez ocorrer a viragem? Provavelmente várias causas,
como a perda do hidrogénio da água para o espaço, ficando o oxigénio. Mas o
factor mais importante parece ter sido a fotossíntese, com a inclusão do carbono
do CO2 em compostos orgânicos e libertação do oxigénio. Contudo, há aspectos
que não estão esclarecidos. Por exemplo, sabemos que a fotossíntese já existia
na Terra há 2,7 mil milhões de anos, mas o aumento significativo do oxigénio na
atmosfera só ocorreu há 500 milhões. E tal não se deveu ao facto dos organismos
capazes de fazer a fotossíntese serem pouco numerosos. Provavelmente, o
oxigénio que ia sendo produzido pelas plantas era consumido pela respiração
aeróbica de outros seres. Mas, a partir de certa altura, surgiu um qualquer
mecanismo que alterou o balanço oxigénio produzido/oxigénio consumido e o gás
começou a aumentar no ar. Existem hipóteses para explicar isto, mas não há
certezas. O facto é que, por enquanto, não vai faltando o oxigénio aos animais.
Só o homem é que tem frequentemente falta de ar na carteira, mas isso é culpa
do Passos Coelho e não da natureza.
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quarta-feira, 18 de abril de 2012
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