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As fotografias publicadas pelo “Los Angeles Times”, com irresponsáveis
soldados americanos a brincar com corpos de terroristas mortos, são
inqualificáveis. Numa delas vê-se um imberbe com ar de gozo junto dum cadáver
que tem a mão no seu ombro e, na outra, quatro trogloditas mostram sorridentes
o restos, de pernas para o ar, do que sobrou dum bombista suicida. Um pavor que
só a infantilidade, a falta de sensibilidade, ou o embrutecimento da guerra
podem, talvez, explicar.
Posto isto, pergunta-se: que autoridade têm os
terroristas para vir falar de falta de humanidade? Não é o roto a falar ao nu;
é o nu a falar ao roto. Almas que não se poupam a esforços para cometer as
maiores atrocidades, sem olhar a quem para fazer reinar o medo, podem queixar-se,
é verdade. Mas não têm nenhuma autoridade.
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