sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

A VIDA ETERNA PELA AUTO MUMIFICAÇÂO

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A imagem em cima mostra uma estátua de Buda em cujo interior se veio a verificar que estava um corpo mumificado. Uma TAC da estátua realizada num hospital de  Amersfoort, na Holanda, assim o mostrou. A múmia corresponde ao corpo de um monge budista, com idade entre 30 e 50 anos, que viveu há cerca de 1.100. 
Perguntar-se-á o que fazia o homem ali dentro. Tudo leva a crer que se auto mumificou, por muito estranho que pareça tal coisa. Existia a crença, entre alguns budistas, que a conservação do corpo era condição necessária para a vida no além. Assim, alguns mumificavam-se para assegurar  o acesso à eternidade. O processo era complicado e passava por uma dieta restritiva—para eliminar compostos que promovem e aceleram a decomposição—e pela ingestão abundante de substâncias alegadamente necessárias para a preservação.
Quando pressentiam a proximidade da morte, encerravam-se em espaços confinados a meditar e à espera dela. Tinham um buraco por onde entrava o ar e por onde podiam tocar uma campainha exterior para informar que ainda estavam vivos. Quando a campainha deixava de tocar, era tempo de fechar o buraco.
O resultado via-se ao fim de 2 ou 3 anos. Se o corpo estava conservado, a alma tinha entrado na eternidade. Se não, acabou ali. A do mostrado na imagem em cima está a gozar as delícias da vida eterna, como se comprova na TAC.
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