A imagem em cima mostra uma estátua de Buda em cujo
interior se veio a verificar que estava um corpo mumificado. Uma TAC da estátua
realizada num hospital de Amersfoort, na Holanda, assim o mostrou. A múmia corresponde ao
corpo de um monge budista, com idade entre 30 e 50 anos, que viveu há cerca de
1.100.
Perguntar-se-á o que fazia o homem ali dentro. Tudo leva a crer que se
auto mumificou, por muito estranho que pareça tal coisa. Existia a crença, entre alguns budistas, que a
conservação do corpo era condição necessária para a vida no além. Assim, alguns
mumificavam-se para assegurar o acesso à
eternidade. O processo era complicado e passava por uma dieta restritiva—para
eliminar compostos que promovem e aceleram a decomposição—e pela ingestão
abundante de substâncias alegadamente necessárias para a preservação.
Quando pressentiam a proximidade da morte, encerravam-se
em espaços confinados a meditar e à espera dela. Tinham um buraco por onde
entrava o ar e por onde podiam tocar uma campainha exterior para informar que
ainda estavam vivos. Quando a campainha deixava de tocar, era tempo de fechar o
buraco.
O resultado via-se ao fim de 2 ou 3 anos. Se o corpo
estava conservado, a alma tinha entrado na eternidade. Se não, acabou ali. A do
mostrado na imagem em cima está a gozar as delícias da vida eterna, como se
comprova na TAC.
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