A empresa "Mars One", baseada na Holanda, recrutou
100 voluntários—50 mulheres e 50 homens—para seleccionar a primeira tripulação
de 24 membros destinada a seguir numa viagem sem regresso para Marte, em 2024.
Serão os primeiros colonos da Terra naquele planeta, cuja missão é a de ali iniciar
residência permanente, expandindo os terrestres para fora do seu habitat natural.
À primeira vista, o programa afigura-se missão suicida,
pelo menos a velhos do Restelo como eu. É duvidoso que resistam muito tempo e,
mais ainda, se reproduzam. Mesmo em caso de sucesso, pergunta-se que vida será
a deles.
Assim surge o aspecto ético da iniciativa: é deontologicamente
aceitável tal empresa?
Já morreram astronautas em missões que hoje são quase
rotineiras e de risco mínimo. Pode falar-se em custos do progresso nesta
matéria, é verdade. Mas ir definitivamente para Marte, sem hipótese de
regresso! Óh égua!... É pior que suicídio!
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