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Alfredo Barroso é
um homem fino e subtil. Era autor dos resumos políticos diários para o tio
Soares, que não podiam exceder uma página A4 por impossibilidade do tio
resistir a leitura mais extensa (conta José António Saraiva), e era também uma
personagem simpática, participante nos Frente-a-Frente da Sic Notícias, que a
estação teve de despedir dadas as polidas intervenções com os parceiros e
parceiras de programa.
Pois o senhor Alfredo, que um dia "afinou" com
Teresa Caeiro por assim se lhe dirigir, não achou bem que Costa tenha elogiado
os frutos merdados, perdão, medrados pelo XIX Governo Constitucional que pela Graça
de Deus nos rege. E, em conformidade com a sua habitual elegância, pôs a boca
no trombone e anunciou ao mundo que, ainda esta semana, vai enviar uma carta ao
PS—não ao Partido Socialista porque diz ter vergonha de escrever o nome por
extenso—a "desarriscar-se" da agremiação. PIM!
Barroso esclareceu que não vai filiar-se noutro clube, mas vai votar no Bloco de Esquerda. Se
tinha gravata no momento de tal anúncio, deve ter tirado a dita logo ali.
Mas disse mais: tem a certeza de que "a 'ralé' que tomou conta do 'aparelho' do PS é
capaz de se atrever a desenvolver contra mim miseráveis campanhas". E ainda: "Agora só
falta mesmo o PS apoiar como candidato a Belém o advogado de negócios António
Vitorino, que vai ser o próximo presidente da assembleia geral da «chinesa» EDP
e membro do respectivo conselho geral, presidido pelo ignóbil Eduardo Catroga.
Ah, é verdade, e porque não, já agora, apoiar o inefável Jorge Coelho como
candidato a primeiro-ministro?!"
Neste momento, não estou em condições de
informar se Barroso já pegou na giga, ou se a mantém arriada. Mas gostei de
saber que Vitorino é "advogado de negócios" e que o "inefável"Jorge Coelho é isso mesmo—inefável. Óh égua!...
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