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A Ilha de
Ascensão, situada quase sobre o Equador, a meio caminho entre América do Sul e África, a mais de 1.500 Km
de qualquer continente e com pouco mais de 50 km2 de superfície, é um
território britânico habitado por umas dúzias de militares e a respeito do qual
se pode perguntar para que serve. Darwin, quando lá passou na volta ao mundo a
bordo do HMS Beagle, chamou-lhe um horror completamente queimado e sem
árvores, o que não era verdade porque, de facto, existia lá uma árvore — árvores
não, mas árvore sim! Charles (Darwin) lançou sobre Ascensão um labéu de que a
ilha nunca mais se livrou até...
Até Sir
Joseph Hooker, então um jovem botânico, entrar em acção, iniciando uma experiência
sem precedentes, a de povoar a ilha com nova vida, o mesmo que criar um
ecossistema novo "à martelada". Ao contrário do que se queixam os
ambientalistas actuais, de que o homem está a reduzir o ambiente a um horror,
Hooker decidiu, em 1843, transforma um horror em ambiente capaz.
Começou
com 330 plantas dos Royal BotanicGardens, a que se seguiram, em 1870, 5.000
árvores. Conta-se, sem confirmação oficial, que se seguiu um peródo de grandes
e abençoadas chuvadas. De
qualquer modo, o solo mudou, as condições hídricas
também, a ilha parecia outra e um termo saído da ficção científica surgiu: terraforming — híbrido linguístico.
Naturalmente,
nem tudo foram rosas. Houve que cuidar da convivência entre as pobres espécies
autóctones com as estranhas, dominadoras e impiedosas imigrantes e um ror de
outras ralações que não cabem n'O Dolicocéfalo.
A
experiência da Ilha de Ascensão é um case study a considerar por muitas e
variadas razões, nomeadamente para aplicar o procedimento a outras terras e
paragens. Mas sabem porque se pensa mais nele? Porque é um modelo-guia a ter em
conta na evental povoação florestal de outro planeta, nomeadamente Marte. E
esta, hein?
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