sexta-feira, 12 de maio de 2017

MILAGRE ! ...

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A Ilha de Ascensão, situada quase sobre o Equador, a meio caminho entre  América do Sul e África, a mais de 1.500 Km de qualquer continente e com pouco mais de 50 km2 de superfície, é um território britânico habitado por umas dúzias de militares e a respeito do qual se pode perguntar para que serve. Darwin, quando lá passou na volta ao mundo a bordo do HMS Beagle, chamou-lhe um horror completamente queimado e sem árvores, o que não era verdade porque, de facto, existia lá uma árvore — árvores não, mas árvore sim! Charles (Darwin) lançou sobre Ascensão um labéu de que a ilha nunca mais se livrou até...
Até Sir Joseph Hooker, então um jovem botânico, entrar em acção, iniciando uma experiência sem precedentes, a de povoar a ilha com nova vida, o mesmo que criar um ecossistema novo "à martelada". Ao contrário do que se queixam os ambientalistas actuais, de que o homem está a reduzir o ambiente a um horror, Hooker decidiu, em 1843, transforma um horror em ambiente capaz.
Começou com 330 plantas dos Royal BotanicGardens, a que se seguiram, em 1870, 5.000 árvores. Conta-se, sem confirmação oficial, que se seguiu um peródo de grandes e abençoadas chuvadas. De 
qualquer modo, o solo mudou, as condições hídricas também, a ilha parecia outra e um termo saído da ficção científica surgiu: terraforming — híbrido linguístico.
Naturalmente, nem tudo foram rosas. Houve que cuidar da convivência entre as pobres espécies autóctones com as estranhas, dominadoras e impiedosas imigrantes e um ror de outras ralações que não cabem n'O Dolicocéfalo.
A experiência da Ilha de Ascensão é um case study a considerar por muitas e variadas razões, nomeadamente para aplicar o procedimento a outras terras e paragens. Mas sabem porque se pensa mais nele? Porque é um modelo-guia a ter em conta na evental povoação florestal de outro planeta, nomeadamente Marte. E esta, hein?
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