Já alguma vez sentiu
assim como que uma coceira na palma das mãos ao ouvir um economista falar sobre
a necessidade de aumentar impostos, reduzir pensões de reforma, ou limitar
actividades de quem se mata a trabalhar honestamente? Sobretudo quando sabe que
o papagaio é um sorvedouro de remunerações em empresas onde vai (?) uma vez por
mês dar uns palpites e assinar a folha do vencimento. E, seja a resposta sim ou
não, acha que ele merece o que ganha? Vai-me dizer que depende
do que vale a opinião do papagaio, grande craque duma ciência complicada.
Começo por aqui. Manuel Villaverde Cabral perguntava, já há bastante tempo, no "Observador", se a Economia era uma ciência exacta e respondia que a Economia nem era exacta..., nem sequer ciência! E citava alguém a lembrar que, se fosse ciência, tinha sido experimentada em animais; como faz a Farmacologia, a Genética, até a Sociologia, e por aí fora. A Economia, para ser breve, é sobretudo uma ciência de palpites e de fé; quando não de interesses. E sabem quem acha isto? Não sou eu, não é Jorge Jesus, nem é Domingos Paciência: é Paul Romer, Professor de Economia nas universidades de Stanford e Nova-Iorque e Vice-Presidente Sénior do Banco Mundial.
Começo por aqui. Manuel Villaverde Cabral perguntava, já há bastante tempo, no "Observador", se a Economia era uma ciência exacta e respondia que a Economia nem era exacta..., nem sequer ciência! E citava alguém a lembrar que, se fosse ciência, tinha sido experimentada em animais; como faz a Farmacologia, a Genética, até a Sociologia, e por aí fora. A Economia, para ser breve, é sobretudo uma ciência de palpites e de fé; quando não de interesses. E sabem quem acha isto? Não sou eu, não é Jorge Jesus, nem é Domingos Paciência: é Paul Romer, Professor de Economia nas universidades de Stanford e Nova-Iorque e Vice-Presidente Sénior do Banco Mundial.
Segundo Romer, o Brexit
é um Grito do Ipiranga — a expressão é minha — dos ingleses contra os economistas e a profissão, contra
a hipocrisia duma alegada opinião especializada, na realidade enviesada por
motivos que é melhor não esclarecer.
Aliás, o professor
Romer, num artigo publicado em Setembro passado e intitulado The
Trouble with Macroeconomics, já
acusava os colegas de praticarem pseudociência apoiada num "código de
honra" que proíbe a contestação de "autoridades", mesmo quando
estas estão erradas.
No caso do Brexit, o público
terá percebido que os economistas se comportavam como activistas, invocando a autoridade
da Ciência. Atribuindo-se julgamentos
não enviesados quando, na realidade, defendiam posições políticas — puramente
políticas.
Nenhuma ciência deve ser
endeusada, em minha opinião. Mas a Economia... JAMÉ!
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