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Mas dada a insaciável apetência do homem pela energia no mundo actual, aqueles números têm de ser aceites como factos consumados para o futuro de médio prazo. Já não será mau se não aumentarem. Então, torna-se necessário, no mínimo, procurar diminuir o efeito ambiental de tais costumes e, por isso, se procuram activamente meios de promover o sequestro do dióxido de carbono lançado para a atmosfera no fumo das centrais. O meio mais racional e natural consiste no reflosteramento, o que se vai fazendo graças ao entusiasmo de alguns carolas, embora o esforço seja minúsculo e os resultados lentos.
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Os oceanos podem constituir enormes túmulos para o dióxido de carbono produzido industrialmente mas há
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As soluções encaradas como mais satisfatórias consistem na injecção em reservas de carvão, pois este fixa o CO2 e liberta gás natural, que pode ser explorado, ou a injecção nos chamados poços de petróleo maduros, que são poços em fim de vida de exploração. O CO2 é injectado por baixo do petróleo, provocando a subida do seu nível e permitindo prolongar temporalmente a extracção. Adicionalmente, pode ser incluído em aquíferos salinos, impróprios para exploração.
Naturalmente que, conhecendo nós a mentalidade maioritária dos grandes empresários, todos estes procedimentos só terão o desenvolvimento necessário numa de duas circunstâncias: quando o panorama geral da Terra for tão mau que eles cheguem à conclusão que ou isso ou a ruína total, ou quando puderem fazer qualquer coisa com o dióxido de carbono sequestrado que lhes renda muito dinheiro.
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