domingo, 26 de dezembro de 2010

A PRIMEIRA MULHER DE CAMILO

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Quanto à primeira mulher de Camilo Castelo Branco não serão para desprezar as informações novas, que hoje trago a lume, absolutamente inéditas.

Mas careço de evocar algumas passagens concernentes ao mesmo assunto, que se encontram em duas ou três obras minhas, e faço-o por amor da sequência lógica desta breve narrativa.

O grande romancista ocultou sistematicamente o facto de ter contraído primeiras núpcias com uma camponesa residente em Friume, e parece que chegou a negá-lo, segundo uma referência insuspeita de António de Azevedo Castelo Branco em carta dirigida ao visconde de S. Miguel de Seide.

Pelo menos, ocultá-lo em documentos oficiais correspondia a negá-lo. Assim, quando em Outubro de 1846 entrou na Cadeia do Porto por haver raptado D. Patrícia Emília do Carmo, fez-se inscrever como solteiro, sendo ainda viva a sua primeira mulher. E quando em 1852 se habilitou naquela mesma cidade para tomar ordens menores — o que não efectivou — omitiu na petição ao bispo o estado de viúvo.

Mas, no respectivo processo eclesiástico, o abade da Sé, atestando pro moribus, declara ser o peticionário «viuvo de D. Joaquina Pereira de França.»

Assim escreve Alberto Pimentel no interessante livro “A Primeira Mulher de Camilo”, publicado em 1916 pela Guimarães & Cª – Editores, que pode ler   aqui em cima. Basta fazer correr  o texto (scroll), e aumentar o tamanho da letra no sinal "+"
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